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Inquérito acusa o deputado Carlos Jordy de três crimes

Investigações embasam as buscas e apreensões na casa do líder da oposição na Câmara dos Deputados e de outros nove envolvidos

Inquérito acusa o deputado Carlos Jordy de três crimes
Agência Câmara
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta 5ª feira (18) o cumprimento de mandados de busca contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara, e outras nove pessoas por suspeita de envolvimento no bloqueio de rodovias, acampamentos no Quartel das Forças Armadas em Brasília e nos atos golpistas de 8 de janeiro. A Polícia Federal cumpre oito mandados de busca no Rio de Janeiro e outros dois no Distrito Federal na 24ª fase da Operação Lesa Pátria.

+Investigação sobre 8/1 encontrou diálogos e "fortes ligações" de Jordy com golpista

As investigações são pela suposta prática dos crimes de incitação ao crime - detenção de três a seis meses, ou multa - associação criminosa - pena de reclusão de 1 a 3 anos - e da tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais, com emprego de violência ou grave ameaça, cuja pena é de reclusão de 4 a 8 anos.

De acordo com o inquérito em curso no STF, “o parlamentar, além de orientar, tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância da região. Entretanto, o que esta autoridade policial julga mais grave, é que o vínculo entre o parlamentar e o apoiador [dos atos golpistas] não seja apenas para fins políticos partidários, mas também com a intenção de ordenar a prática de crimes contra o Estado de Direito”, reforça a peça judicial.

Além disso, as investigações apontaram que o apoiador em questão, Carlos Victor de Carvalho, quando estava foragido, trocou mensagens com o parlamentar em janeiro de 2023 questionando quando os bloqueios das rodovias deveriam começar. De acordo com o inquérito, Carlos Carvalho seria “uma liderança da extrema direita local, responsável não somente pela administração de vários grupos de WhatssApp com temática de extrema direita, mas também pela organização dos inúmeros eventos antidemocráticos na cidade de Campos (RJ), e a presença de indícios de que Carlos Jordy seria a pessoa que efetivamente orientava as ações em tese”. Carlos Carvalho foi preso no ano passado pela Operação Ulysses, acusado de financiar ônibus que transportaram golpistas a Brasília no 8 de janeiro.

Em vídeo publicado nas redes sociais logo após as ações da Polícia Federal, Carlos Jordy disse que o ministro Alexandre de Moraes “se julga o dono do Brasil”. Para o deputado, "é inacreditável o que nós estamos vivendo. Esse mandado de busca e apreensão, que foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, isso aí é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura”. Ainda segundo Jordy, a operação é uma “medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”. O deputado Carlos Jordy é pré-candidato a prefeito de Niterói.

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