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Haddad encontra Lira para discutir medida provisória da reoneração

Ministro disse que questionará, no encontro, o avanço de propostas do governo na Câmara

Haddad encontra Lira para discutir medida provisória da reoneração
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu na noite desta quinta-feira (18) com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). A conversa faz parte de mais uma rodada de negociações da medida provisória que propõe a reoneração gradual da folha de pagamento. O texto foi apresentado pelo governo no fim de dezembro, mas enfrenta resistência e falta de apoio no Congresso Nacional.

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Pouco antes do encontro, Haddad afirmou a jornalistas que levará a Lira o que foi discutido com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há, também, intenção de discutir o avanço de outros projetos encaminhados pelo governo ao parlamento.

“Tem uma agenda grande de trabalho na Câmara, mais ou menos seis projetos que nós encaminhamos em 2023. Uma série de projetos da reforma microeconômica e só um deles foi designado relator. Então, estou levando aqui o material para o presidente tomar conhecimento. Já falei com Pacheco também sobre dois projetos que estão no Senado”, disse Haddad ao sair do Ministério da Fazenda.

O encontro ocorreu na residência oficial da Câmara dos Deputados, em Brasília, e vem no mesmo dia em que Lira retornou a Brasília. Durante o recesso parlamentar, o político viajou para o seu estado de origem, Alagoas.

Entenda o debate sobre a MP da reoneração

O governo apresentou em dezembro a medida provisória que insiste na proposta para aumentar a arrecadação em 2024. O encaminhamento do texto foi alvo de críticas, e há pressão para que a medida seja devolvida.

No ano passado, Câmara e Senado aprovaram projeto que prorroga a desoneração para 17 setores da economia. Depois, derrubaram veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao texto.

Além da reoneração gradual, a medida provisória limita o uso de créditos tributários obtidos por empresas na Justiça e revisa o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A estimativa da Fazenda é que a medida provisória custe R$ 32 bilhões em renúncias fiscais não previstas no orçamento do governo -- sendo R$ 12 bilhões com o fim da desoneração.

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