Publicidade

Em derrota do governo Lula, PL fica com principais comissões da Câmara

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro fez indicações que causaram polêmica. Legenda vai comandar CCJ, Educação e Segurança

Em derrota do governo Lula, PL fica com principais comissões da Câmara
Publicidade

Com indicações polêmicas, o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai comandar comissões de destaque na Câmara dos Deputados em 2024. A legenda ficou com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa, além de manter a Comissão de Segurança Pública e alcançar a de Educação. Os movimentos indicam uma derrota ao governo, que acabou com seis colegiados de temas mais pontuais. O principal deles é o de Saúde.

+ Leia as últimas notícias de política no portal SBT News

A contragosto da base governista, o PL sustentou o nome da deputada Caroline de Toni, de Santa Catarina, como presidente da CCJ. A indicação enfrentou resistência ao longo das negociações, pela oposição anunciada pela deputada ao longo de 2023. Considerada da ala radical, ela foi a parlamentar que mais votou contra o governo em todo o Congresso Nacional no último ano. Ainda assim, foi eleita a presidente da CCJ nesta quarta-feira (6) por 49 votos favoráveis e 9 em branco, o que a elegeu em primeiro turno.

De Toni afirmou que, frente à comissão, terá uma conduta de escuta e busca para atender as demandas apresentadas. Entre as prioridades, a deputada cita votações que tratem a questão do saneamento básico. "Tem que ter uma visão equilibrada. É uma posição análoga a do magistrado, digamos assim, que é alguém que quer mediar todos os tipos de interesse e a gente tem que ter bom senso", declarou, a jornalistas, antes da votação.

A deputada será a segunda mulher a comandar a CCJ na história do colegiado. A primeira foi a deputada Bia Kicis (PL-DF), em 2021. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), disse durante a votação que não haverá entraves na relação entre a base e o comando de De Toni na CCJ.

Nikolas na Comissão de Educação

O principal embate ao longo do dia foi em torno do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Indicado pelo partido para presidir a Comissão de Educação, o nome dele virou alvo de embates entre a base governista. Deputados criticaram o nome e o movimento coincidiu com um atraso na instalação de todas as comissões da Casa por mais de cinco horas.

A estratégia adotada foi a não indicação de nomes para compor as comissões - o que impediu as eleições de presidências até o início da noite. Deputados também negociaram adequações para a composição do colegiado, o que aumentou o atraso.

Nos bastidores, o nome de Nikolas foi duramente criticado. Por ser uma figura tida como oposição radical ao governo, além de ter adotado posições polêmicas em temas ligadas à área, como os comentários que teceu à proposta de banheiros unissex em escolas. Em contrapartida, aliados defenderam que o parlamentar deveria receber um voto de confiança para o colegiado.

A indicação foi também contestada por governistas pouco antes da votação, mas a indicação do PL permaneceu. O deputado foi eleito em primeiro turno, por 22 votos a favor e 15 brancos.

Além dos parlamentares, o PL indicou o líder da bancada da bala, deputado Alberto Fraga (DF), para a Comissão de Segurança. Por outro lado, a federação formada por PT, PCdoB e Rede, vai comandar seis comissões. A principal delas é a de Saúde, sob comando de Dr. Francisco (PT-PI), eleito presidente na noite desta quarta-feira.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Política

Últimas notícias

Mega-Sena acumula e chega a R$ 55 milhões; veja os números sorteados

Mega-Sena acumula e chega a R$ 55 milhões; veja os números sorteados

Quina teve 53 apostas ganhadoras, que vão receber mais de R$ 71 mil cada
13° salário: o que fazer com o benefício?

13° salário: o que fazer com o benefício?

Economista sugere planejamento para dividir o uso do 13º entre prioridades e pequenos prazeres, ajudando a equilibrar as finanças pessoais
 China e Brasil estão em negociações para o envio de um casal de pandas gigantes ao Brasil

China e Brasil estão em negociações para o envio de um casal de pandas gigantes ao Brasil

O envio dos pandas, previsto para a visita de Xi Jinping, está pendente pelos altos custos de manutenção, estimados em R$ 6 milhões anuais
Exclusivo: novas imagens mostram assassino de delator do PCC após fuga

Exclusivo: novas imagens mostram assassino de delator do PCC após fuga

Vídeos mostram criminoso caminhando tranquilamente pelas ruas de Guarulhos (SP) após o assassinato
 Luminárias japonesas são parcialmente removidas do bairro Liberadade

Luminárias japonesas são parcialmente removidas do bairro Liberadade

Remoção visa valorizar a Capela dos Afritos e resgatar a memória dos povos negros e indígenas em São Paulo
Ataque a tiros deixa três mortos em Serra, no Espírito Santo

Ataque a tiros deixa três mortos em Serra, no Espírito Santo

Cerca de 70 pessoas estavam no local na hora do ataque; oito foram baleadas
Três meteoros de grande magnitude iluminam o céu no Rio Grande do Sul

Três meteoros de grande magnitude iluminam o céu no Rio Grande do Sul

Dois desses fenômenos foram registrados em apenas três minutos, no município de Santo Ângelo, na região das Missões
COP29: acordo define meta de US$ 300 bilhões anuais para combater mudanças climáticas

COP29: acordo define meta de US$ 300 bilhões anuais para combater mudanças climáticas

Objetivo é apoiar as nações em desenvolvimento a se adaptarem ao impacto do aquecimento global e reduzirem a dependência de combustíveis fósseis
60% dos brasileiros não pretendem fazer compras na Black Friday

60% dos brasileiros não pretendem fazer compras na Black Friday

Pesquisa da FGV mostra que um dos fatores é a desconfiança do consumidor em relação aos preços aplicados pelos lojistas
Impasse na COP29: discussão sobre financiamento climático segue sem acordo

Impasse na COP29: discussão sobre financiamento climático segue sem acordo

Países em desenvolvimento pressionam por compromisso financeiro maior de nações ricas; delegações de nações insulares deixaram reunião em protesto
Publicidade
Publicidade