Publicidade
Política

Governador de SP defende ajuste fiscal para alavancar investimentos no Brasil

Em entrevista ao SBT, Tarcísio de Freitas atribui relação conturbada do Congresso com o Planalto à falta de um projeto para o país

• Atualizado em
Publicidade

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defende que, sem o controle das contas públicas, o Brasil não consegue ter mais dinheiro para investimentos. Analistas do mercado financeiro estimam que o rombo previsto para este ano seja de mais de R$ 73 bilhões – considerando o que o governo arrecada, o que gasta com despesas e investimentos –, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública.

+ IOF: Motta vira alvo de críticas internas no governo e recebe defesa de Gleisi e Lindbergh

Em entrevista ao SBT, o governador paulista destacou que tem feito a lição de casa no controle das contas públicas do estado.

"Do ponto de vista de inflação, de taxa de juros alta, a gente está vendo várias medidas que, no fim das contas, atacam a produtividade. Então, aquela agenda fiscal do Brasil, a gente executou em São Paulo. A consequência disso é que temos em 2025 o maior orçamento de investimento da nossa história", afirmou.

Tarcísio também comentou a relação tensa entre o Congresso e o Palácio do Planalto. O Republicanos, partido dele e do presidente da Câmara, Hugo Motta, oficialmente está na base do governo Lula. Mas tem se afastado das negociações com o Executivo federal.

"A partir do momento em que o projeto do Brasil está bem estabelecido, que a gente sabe qual é a agenda, o Congresso vem junto", avalia.

O governador tem evitado falar de forma direta sobre as eleições de 2026 e não quer discutir o futuro político neste momento, mas costuma opinar sobre questões nacionais. Para Tarcísio, o cenário geopolítico – com os conflitos envolvendo Israel, Rússia e Ucrânia – pode favorecer o protagonismo do Brasil. Mas, para isso, é importante que o governo federal faça reformas prometidas há décadas, como a administrativa.

"Hoje o Congresso está apto para enfrentar essa discussão. Se colocar uma Reforma Administrativa hoje no Congresso, ela vai ser aprovada”, argumenta o governador. “A sociedade está clamando por isso, ela espera que o Estado brasileiro faça isso, que faça justiça. Então, é uma agenda que vai ter amplo apoio popular e o Congresso está pronto para fazer", afirmou.
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade