Política

Data centers e terras raras devem entrar na conversa entre Lula e Trump, diz Alckmin

Encontro entre os presidentes está marcado para domingo; governo quer ampliar diálogo comercial e tecnológico com os EUA

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Vice-presidente Geraldo Alckmin em conversa com jornalistas | Júlio César Silva/MDIC
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O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou neste sábado (25) que a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para domingo (26), deve incluir temas além das tarifas de exportação. Segundo Alckmin, data centers e terras raras também devem estar na pauta.

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"A medida provisória do Redata, que representa um forte estímulo para atrair investimentos nesse setor. Alguns estados americanos restringem data centers devido à falta de energia, enquanto o Brasil possui energia abundante e renovável."

Em setembro, o presidente Lula assinou a Medida Provisória que cria o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center no Brasil (Redata). O programa prevê incentivos fiscais em troca de contrapartidas em pesquisa e desenvolvimento, com foco em fortalecer a cadeia digital brasileira e garantir parte da produção para o mercado interno. A medida também busca descentralizar os investimentos, reduzindo as contrapartidas exigidas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Para o governo, a meta é transformar o Brasil em um grande exportador não apenas de commodities, mas também de inteligência, pesquisa e inovação tecnológica.

Além dos data centers, Alckmin destacou que o tema das terras raras, grupo de elementos químicos essenciais para tecnologias digitais e energias limpas, também deve estar nas discussões. O Brasil possui a segunda maior reserva mundial de terras raras, o que, segundo o vice-presidente Alckmin, pode servir como contrapartida em futuras negociações comerciais.

Alckmin reforçou ainda o potencial de complementaridade econômica entre os dois países.

"Os Estados Unidos não são o principal comprador, sendo superados pela China e pela União Europeia. No entanto, os Estados Unidos adquirem produtos de maior valor agregado, não apenas commodities. Houve avanços significativos recentemente: há 30 dias, a tarifa da celulose foi zerada, representando 4% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, o equivalente a 1,7 bilhão de dólares; o ferro limpo também teve tarifa zerada. Há 15 dias, a tarifa da madeira serrada e macia reduziu de 50% para 10%, e alguns tipos de armários e móveis, enquadrados na sessão 232, tiveram a tarifa reduzida de 50% para 25%. Há espaço para avançar."

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