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Política

CPMI do INSS: empresário investigado nega participação em fraudes e diz que bens de luxo são legais

Fernando Cavalcanti compareceu à sessão com habeas corpus, respondeu às perguntas, mas não prestou compromisso de dizer a verdade

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O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti durante a CPMI do INSS | Carlos Moura/Agência Senado
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O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti negou, nesta segunda-feira (6), qualquer participação em fraudes contra aposentados e pensionistas durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Deixo registrado que nunca fui laranja, operador ou beneficiário de qualquer esquema. Minha atuação sempre foi de gestor e os pagamentos por mim recebidos eram compatíveis com todas as funções que eu desempenhava com a minha vida empresarial”, afirmou Cavalcanti.

Ex-sócio de um advogado ligado a supostos operadores do esquema, ele foi convocado devido à associação com Nelson Willians, suspeito de atuar com intermediários nas irregularidades. O empresário apresentou à CPMI contratos firmados entre Willians e Maurício Camisotti, apontado como um dos principais intermediários da fraude.

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Durante a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), bens de luxo de Cavalcanti foram apreendidos, incluindo uma Ferrari e uma réplica de um carro da Fórmula 1. O empresário disse que todos os veículos estão declarados e negou qualquer tentativa de ocultação.

“Fui mencionado no inquérito apenas por suposta ocultação de veículos de luxo e quero deixar claro que não houve ocultação e nem má-fé. Os veículos mencionados nas reportagens são de propriedade da minha empresa, estão todos declarados, adquiridos de forma lícita e alguns ainda estão inclusive financiados, como é o caso da tão falada Ferrari, que eu só termino de pagar salvo melhor juízo no final de 2027”, declarou.

Cavalcanti compareceu à CPMI com habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), por estar sendo investigado. O instrumento jurídico lhe permite permanecer em silêncio para não se incriminar. Mesmo assim, o empresário respondeu às perguntas dos parlamentares, sem prestar compromisso de dizer a verdade.

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