Política

CPMI do INSS: empresário investigado nega participação em fraudes e diz que bens de luxo são legais

Fernando Cavalcanti compareceu à sessão com habeas corpus, respondeu às perguntas, mas não prestou compromisso de dizer a verdade

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O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti negou, nesta segunda-feira (6), qualquer participação em fraudes contra aposentados e pensionistas durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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“Deixo registrado que nunca fui laranja, operador ou beneficiário de qualquer esquema. Minha atuação sempre foi de gestor e os pagamentos por mim recebidos eram compatíveis com todas as funções que eu desempenhava com a minha vida empresarial”, afirmou Cavalcanti.

Ex-sócio de um advogado ligado a supostos operadores do esquema, ele foi convocado devido à associação com Nelson Willians, suspeito de atuar com intermediários nas irregularidades. O empresário apresentou à CPMI contratos firmados entre Willians e Maurício Camisotti, apontado como um dos principais intermediários da fraude.

Durante a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), bens de luxo de Cavalcanti foram apreendidos, incluindo uma Ferrari e uma réplica de um carro da Fórmula 1. O empresário disse que todos os veículos estão declarados e negou qualquer tentativa de ocultação.

“Fui mencionado no inquérito apenas por suposta ocultação de veículos de luxo e quero deixar claro que não houve ocultação e nem má-fé. Os veículos mencionados nas reportagens são de propriedade da minha empresa, estão todos declarados, adquiridos de forma lícita e alguns ainda estão inclusive financiados, como é o caso da tão falada Ferrari, que eu só termino de pagar salvo melhor juízo no final de 2027”, declarou.

Cavalcanti compareceu à CPMI com habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), por estar sendo investigado. O instrumento jurídico lhe permite permanecer em silêncio para não se incriminar. Mesmo assim, o empresário respondeu às perguntas dos parlamentares, sem prestar compromisso de dizer a verdade.

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