Brasil cai no ranking de percepção de corrupção e atinge pior posição desde 2012
País registrou 34 pontos na avaliação da Transparência Internacional, em uma escala de 0 a 100, ficando em 107º lugar
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Camila Stucaluc
O Brasil registrou 34 pontos no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024. A pontuação, divulgada nesta terça-feira (11), fez o país cair do 104º para o 107º lugar no ranking – pior colocação desde 2012, início da série histórica.
A nota do IPC vai de 0 a 100, sendo que 0 significa "altamente corrupto" e 100 significa "muito íntegro". Para a análise, que engloba 180 países, são avaliados índices construídos por instituições internacionais, como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, bem como a percepção de especialistas em corrupção no setor público.
Segundo o ranking, a média global de 2024 ficou, pelo 13º ano consecutivo, em 43 pontos. Assim como no ano anterior, a Dinamarca lidera as avaliações, com 90 pontos, seguida da Finlândia (88 pontos) e Singapura (84). Em contrapartida, Venezuela (10 pontos), Somália (9) e Sudão do Sul (8) ocupam as últimas posições no ranking.
Apesar de alguns países conquistarem boas pontuações, a Transparência Internacional, responsável pelo levantamento, aponta que o cenário é de preocupação. Isso porque, no ano, três regiões diminuíram os níveis gerais de corrupção e apenas uma melhorou.
O relatório cita que o Oriente Médio e o Norte da África devem enfrentar os conflitos e o autoritarismo para progredirem significativamente no ranking, enquanto a Europa Ocidental e Ásia Central precisam combater os "fracos sistemas de justiça". A África Subsaariana, por sua vez, deve lutar contra os conflitos e as mudanças climáticas.
Já em relação às Américas, a Transparência Internacional diz que os países precisam “enfrentar urgentemente” a impunidade. Devem, ainda, proteger o espaço cívico e tomar medidas para conter a influência do crime organizado e das elites na política.
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“A corrupção é uma ameaça global em evolução que faz muito mais do que minar o desenvolvimento – é uma das principais causas do declínio da democracia, da instabilidade e das violações dos direitos humanos. A comunidade internacional e todas as nações devem fazer do combate à corrupção uma prioridade máxima e de longo prazo. Isso é crucial para combater o autoritarismo e garantir um mundo pacífico, livre e sustentável”, pontua François Valérian, presidente da Transparência Internacional.