Após dança das cadeiras, governo Lula mantém 10 mulheres no comando de ministérios
Governo trocou Nísia Trindade, da Saúde, por Alexandre Padilha, mas trouxe outra mulher para chefiar a Secretaria de Relações Institucionais: Gleisi Hoffmann
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Yumi Kuwano
Em momento de renovação nos ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Esplanada continua com 10 mulheres no comando das pastas. Após especulações, nesta sexta-feira (28), Lula confirmou a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do seu partido, como foi escolhida para chefiar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
Ela ocupará o cargo de Alexandre Padilha (PT), que será ministro da Saúde no lugar de Nísia Trindade, demitida na terça (25).
As pastas que contam com mulheres na chefia atualmente são: Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Direitos Humanos e Cidadania, Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Igualdade Racial, Meio Ambiente e Mudança do Clima, Mulheres, Planejamento e Orçamento, Povos Indígenas e Secretaria de Relações Institucionais.
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Histórico
No início deste mandato em 2023, Lula tinha 11 mulheres à frente dos ministérios. Com a mudança de Nísia, o presidente já substituiu três mulheres: no Turismo, Daniela Carneiro foi trocada por Celso Sabino, no Esporte, e Ana Moser foi substituída por André Fufuca.
Apesar da substituição, seu governo ainda continua com o maior número de ministras com a entrada de Gleisi. O recorde anterior era do governo de Dilma Rousseff (PT), com nove mulheres.
O último presidente, Jair Bolsonaro (PL), indicou apenas quatro ministras durante o seu mandato, em mais de 50 nomeações.
Desde a redemocratização, em 1985, apenas 46 mulheres foram escolhidas para comandar ministérios entre os 595 nomes escolhidos.