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Política

Aliados de Lula reagem a ato pró-anistia na Paulista: "Projeto de lei visa à impunidade", diz Gleisi

Ministros Paulo Teixeira, Jorge Messias e Gleisi Hoffmann usaram as redes sociais para criticar manifestação bolsonarista

Imagem da noticia Aliados de Lula reagem a ato pró-anistia na Paulista: "Projeto de lei visa à impunidade", diz Gleisi
Ministros de Lula postaram críticas nas redes sociais | Reprodução
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Ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usaram as redes sociais para criticar a manifestação realizada nesse domingo (7) na avenida Paulista, sob organização de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ato, que teve como pauta central a anistia a condenados e investigados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, foi classificado por integrantes do governo como uma tentativa fracassada de reescrever os fatos e desestabilizar as instituições democráticas.

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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que os discursos no ato apenas reforçam a necessidade de responsabilização dos envolvidos nos ataques.

"A maioria do povo brasileiro não apoia a anistia e os repetidos ataques a ministros do STF e ao presidente da Câmara, no palanque da extrema-direita em São Paulo, reforçam o acerto do Judiciário em processar os comandantes da tentativa de golpe de 8 janeiro", escreveu.

Ela também criticou a postura do ex-presidente, chamando de farsas os pedidos de anistia e denunciando a retórica golpista:

"Mesmo no banco dos réus seguem mentindo, ofendendo e ameaçando o Estado Democrático de Direito, que tentaram abolir para manter o réu Jair Bolsonaro na disputa pelo poder. [...] Na boca dos golpistas, a palavra anistia se reduz a uma farsa, um projeto de lei que visa à impunidade de réus que nem foram julgados ainda. [...] O Brasil quer paz e justiça", destacou a ministra.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ironizou a tentativa de Bolsonaro de discursar em inglês, ao se referir ao público internacional durante o evento.

"A manifestação pela anistia do inelegível na avenida Paulista foi um espetáculo de irrelevância e constrangimento em dois idiomas. [...] Que nota você daria para a aula de inglês do inelegível?", escreveu o ministro em rede social.

Para Teixeira, o ato revelou o desprezo dos bolsonaristas pelas instituições e pela verdade:

"Como se não bastasse a vergonha de ir às ruas para defender a impunidade de golpistas e vândalos, os escassos 45 mil que foram à Paulista ainda levaram pra casa o vexame de ver Bolsonaro tentar falar no idioma de Donald Trump", destacou Paulo Teixeira.

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O advogado-geral da União (AGU), ministro Jorge Messias, foi um dos mais duros na crítica ao evento, que classificou como um "desserviço à população brasileira".

"A Parada Brasil do Atraso é um desserviço à população brasileira e uma afronta às nossas instituições. É capitaneada por extremistas e falsos moderados, numa salada sem identidade e sem rumo", escreveu.

Messias chamou atenção para a desconexão entre as pautas do evento e os reais problemas enfrentados pela população.

"Enquanto no Brasil real o povo está voltado para trabalho, emprego e renda, e preocupado com as consequências do tarifaço global dos Estados Unidos, o Brasil paralelo da extrema direita promove uma agenda absolutamente desvirtuada das demandas urgentes do país", destacou em sua rede social.

O ministro ainda criticou a ausência de propostas concretas e populares durante o ato.

"Não vi bandeiras em defesa de nossa soberania, de nossos trabalhadores e empresários, ou de projetos fundamentais ao povo, como o da isenção do IR para quem ganha menos de 5 mil reais e que beneficia mais de 20 milhões de brasileiros. Por isso, mais uma vez a extrema-direita fracassa em sua sórdida tentativa de desestabilização das instituições democráticas", finalizou.
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