PF faz buscas em endereços de Zambelli e prende "hacker da Vaza Jato"
Moraes autorizou apreensão de passaporte, armas e objetos acima de R$ 10 mil de Zambelli
A Polícia Federal prendeu na manhã desta 4ª feira (2.ago) o estudante de direito Walter Delgatti Neto, conhecido como "hacker da Vaza Jato", e cumpriu mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
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A Operação 3FA foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele mandou a PF apreender passaporte, armas e objetos acima de R$ 10 mil de Zambelli.
Leia a íntegra da decisão do ministro:
A investigação quer esclarecer a atuação de Delgatti na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Hacker da Vaza Jato
Segundo a PF, o estudante de direito Walter Delgatti Neto teria recebido R$ 13,5 mil de assessores de Carla Zambelli. Delgatti está detido na Delegacia da Polícia Federal (PF) em Araraquara (SP) e foi preso preventivamente. Ele já havia sido preso outras duas vezes e estava estava usando tornozeleira eletrônica depois de ser liberado da prisão em 10 de julho.
O pedido de prisão diz que ele teria prestado serviços para Zambelli para forjar soltura de presos.
"Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes", afirma nota da Polícia Federal.
Em depoimento à Polícia Federal, Delgatti afirmou que Zambelli e Jair Bolsonaro pediram para que ele invadisse urnas eletrônicas e o celular e o e-mail de Alexandre de Moraes.
Vaza Jato
Delgatti Neto ficou conhecido por ter dado origem à chamada "Vaza Jato" ao invadir dos celulares do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil - PR), e de outras autoridades. Por isso, ele responde a processo no âmbito da Operação Spoofing.
De manhã, o ministro da Justiça comentou a operação desta 4ª feira pelo Twitter.
Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições.
? Flávio Dino ?? (@FlavioDino) August 2, 2023