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Política

Padilha anuncia "força-tarefa permanente" para nomeações em ministérios

Ministro diz haver 403 currículos de aliados do governo em análise pelas pastas

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Padilha anunciou decisões tomadas na reunião ministerial dessa 5ª (Valter Campanato/Agência Brasil)
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou, nesta 6ª feira (16.jun), as primeiras decisões da reunião ministerial de ontem com o presidente Lula. A fala foi feita durante evento de comemoração aos 24 anos do Ministério da Defesa.

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Em busca de conciliação do governo com a Câmara dos Deputados, o ministrou anunciou que haverá uma análise técnica para a composição do governo e que foi criada uma "força-tarefa permanente" para acelerar as nomeações de indicados por aliados nos ministérios. De acordo com Padilha, a tarefa ajudará a "desligar uma máquina que existia de criação de conflitos".

"Nós decidimos constituir uma força-tarefa permanente junto aos ministérios, decisão do presidente Lula, para acelerar a análise técnica dos ministérios para a composição do governo", disse Padilha. 

Ao todo, o ministro afirmou que há 403 currículos apresentados por congressistas e segmentos sociais que já estão em análise nos ministérios. De acordo também com o anúncio, as pastas passarão a informar, semanalmente, os líderes de Congresso que foram atendidos pelos ministros ou por representantes das pastas. 

"Para que se acelere o mais rápido possível essa composição, semanalmente, os ministros e assessores vão passar um mapa dos parlamentares atendidos nos ministérios. Semanalmente será entregue aos líderes para fazermos um mapeamento permanente", explicou o ministro.

Padilha também disse que não há discussões para a saída da ministra da Saúde, Nísia Trindade, mas confirmou que há conversas em relação a outros ministérios.  

"Não está em discussão, em relação ao Ministério da Saúde, a composição partidária. Tem outros ministérios que foram discutidos, o que é parte da democracia, se faz na democracia. O ministério do Turismo é um exemplo disso", falou.

CPMI dos Atos Golpistas

Em depoimento para a imprensa, o ministro defendeu os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que trata sobre os ataques às sedes dos Poderes em 8 de janeiro e comentou a operação que a Polícia Federal fez, na tarde dessa 5ª (15.jun), contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES). 

"A CPMI estabeleceu um calendário de apuração correto em relação a isso, e as duas revelações do dia de ontem, tanto a operação da Polícia Federal em cima de um senador quanto a descoberta de um plano detalhado que ficava ali com o ajudante de ordens de Bolsonaro, na minha opinião, são pregos finais do caixão daqueles que tentavam sustentar que o bolsonarismo era vítima do golpe quando a verdadeira vítima foi a democracia, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Executivo", disse Padilha.

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