PT encontra com TSE para apresentar memorial sobre violência política
Ação acontece poucos dias após o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda
Membros do Partido dos Trabalhadores (PT) devem se reunir, nesta 3ª feira (12.jul), com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apresentar um "memorial da violência política". Segundo a legenda, o documento deverá contar com fatos recentes, como o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, e um pedido para uma campanha eleitoral pacífica.
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"O TSE faz campanha sobre a importância do voto feminino, da importância do voto da juventude, tem de fazer uma campanha da importância de uma eleição pacífica. Eleição não é um campo de guerra, onde você elimina o adversário. Em eleição você debate propostas e tem que ter respeito", disse a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
Ela acrescentou que o caso de Foz de Iguaçu não é isolado e que "um crime político não pode ser tratado como briga de vizinhos". Por isso, segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede), também será apresentada uma representação para que o discurso de ódio na campanha seja responsabilizado.
"Temos que combater essa prática que está vindo no Brasil nos últimos anos de colocar o ódio como instrumento político. Infelizmente, temos no Brasil um movimento que prega isso e que é sustentado pelo presidente da República atual, por suas posturas, gestos e palavras", defendeu Hoffmann.
O caso
Marcelo Arruda morreu na madrugada do último domingo (10.jul) enquanto comemorava o aniversário de 50 anos, em uma festa que tinha o PT como tema. Com base em imagens de câmeras de segurança é possível ver o momento em que o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), invade a celebração e começa a ameaçar os convidados.
A festa foi interrompida quando os homens começaram a discutir. O suposto apoiador de Bolsonaro chegou a deixar o local, mas ameaçou voltar e atirar. Foi então que o petista buscou a arma funcional no carro e foi atingido por pelo menos dois tiros, no estacionamento. Caído no chão, o petista tentou se defender e atirou várias vezes em Rocha.
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Depois de baleado, Marcelo chegou a ser levado a um hospital próximo, mas não resistiu aos ferimentos. Informações iniciais apontavam que Rocha também havia morrido em decorrência do ferimento, mas, de acordo com a polícia, ele está vivo e com quadro estável. Ainda no hospital, ele "foi autuado em flagrante".