Após crise e idas e vindas, CPI do MEC será protocolada nesta 3ª
Governistas ainda tentam reverter assinaturas e barrar investigação; entrega de documento será ao meio-dia
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) irá protocolar, no início da tarde desta 3ª feira (28.jun), o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC). O pedido de CPI já reúne 28 assinaturas, uma a mais do mínimo necessário previsto no regimento interno do Senado. Mesmo a poucas horas para oficializar o pedido, a base do governo ainda articula a tentativa em retirar assinaturas do texto.
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Com manutenção das assinaturas, há expectativa de que o tema avance na Casa. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem adotado cautela ao comentar sobre o caso, mas afirma que a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na última semana, é um fato relevante.
A criação da CPI ganhou força com a deflagração na última semana da Operação Acesso Pago, por parte da Polícia Federal, que prendeu por um dia Milton Ribeiro e os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura. A operação teve o intuito de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação.
Um dia após a prisão, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), ordenou a soltura dos acusados após a apresentação de habeas corpus.
O inquérito foi aberto com base em matérias da imprensa, que revelaram a existência de um gabinete paralelo dentro do MEC com a presença de pastores evangélicos. Após a revelação do caso, o ex-ministro deixou o cargo. As investigações também chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF), que está com inquérito para apurar se o presidente Jair Bolsonaro (PL), interferiu na Polícia Federal ao alertar Ribeiro sobre um "pressentimento" sobre as investigações.