Brasil cai quatro posições em ranking de combate à corrupção na América
Levantamento aponta limitação na investigação e supervisão devido à cortes orçamentários
O combate à corrupção apresentou um quadro misto em toda a América Latina ao longo do último ano. Segundo Índice de Capacidade de Combate à Corrupção (CCC), divulgado nesta 4ª feira (22.jun), alguns países mostraram resiliência, enquanto outros, incluindo o Brasil, viram novos retrocessos para as instituições-chave e o ambiente anticorrupção.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O estudo considera 15 países da América Latina que, juntos, são responsáveis por 92% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. No novo levantamento, o Brasil caiu da 6ª para a 10ª posição, mas ficando acima da média regional. Com isso, observa-se que os retrocessos dos últimos três anos não reverteram totalmente as "décadas de fortalecimento" das instituições.
A análise aponta que o atual governo brasileiro tenta "consolidar o controle sobre os órgãos que investigam supostos casos de corrupção envolvendo aliados" e que "as agências anticorrupção independentes, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, sofreram cortes orçamentários, limitando a capacidade de investigação e supervisão".
+ Milton Ribeiro é preso pela PF em casa, na cidade de Santos
Já em relação aos outros países, Uruguai, Costa Rica e Chile apresentam o melhor desempenho nas respostas à corrupção. "O cenário geral em 2022 foi de relativa estabilidade após os claros contratempos dos últimos anos", afirmaram os autores do texto, referindo-se à crise sanitária e econômica provocada pela covid-19.
Confira a pontuação de cada país analisado:
- Uruguai (7.42 de 10)
- Costa Rica (7.11)
- Chile (6,88)
- Peru (5.66)
- República Dominicana (5.19)
- Argentina (5.04)
- Panamá (4.96)
- Colômbia (4,87)
- Equador (4,82)
- Brasil (4,76)
- Paraguai (4.45)
- México (4.05)
- Guatemala (3.38)
- Bolívia (2,57)
- Venezuela (1,63)
