Moro deseja "plena recuperação" a Bolsonaro após presidente testar positivo
Presidente da República afirmou que está com Covid-19 no início desta manhã
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Sergio Moro comentou o resultado positivo para Covid-19 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), anunciado nesta terça-feira (7) no Twitter. Ele fez parte do governo Bolsonaro e pediu demissão do ministério da justiça em 24 de abril, acusando o presidente de tentar obter influência na Polícia Federal (PF).
Na rede social, Moro desejou melhoras ao ex-companheiro de trabalho, afirmando que "só cabe desejar a ele plena recuperação". Em maio, já havia lamentado indiretamente as saídas de Mandetta e Teich do Ministério da Saúde, dando a entender que sem um piloto para o ministério, a situação só pioraria.
Na rede social, Moro desejou melhoras ao ex-companheiro de trabalho, afirmando que "só cabe desejar a ele plena recuperação". Em maio, já havia lamentado indiretamente as saídas de Mandetta e Teich do Ministério da Saúde, dando a entender que sem um piloto para o ministério, a situação só pioraria.
Sobre a informação de que o Presidente testou positivo para Covid19, só cabe desejar a ele plena recuperação.
? Sergio Moro (@SF_Moro) July 7, 2020
Saída de Moro
Em coletiva de imprensa em 24 de abril, Sergio Moro anunciou a demissão do Ministério da Justiça. A decisão foi tomada após Jair Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo.
Segundo Moro, desde do final do ano passado o presidente começou a falar sobre a troca do comando da PF. "Quando se começa a preencher cargos por pressão política partidárias, isso não é bom para as instituições. Bolsonaro passou a insistir na troca do diretor-geral, eu disse `presidente não tenho nenhum problema`, mas precisa ter uma causa", afirmou.
"Ontem, falei para o presidente que seria uma interferência política e ele disse: seria mesmo", destacou Moro. "Presidente me disse mais de uma vez expressamente que queria ter uma pessoa do contato dele, que ele pudesse ligar, ter informações, colher relatórios de inteligência. Seja diretor, seja superintendente, não é papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. Imagina se durante a própria Lava-Jato, ministro ou diretor-geral, ou a presidente Dilma ou o ex-presidente Luiz (Lula) ficassem ligando para o superintendente? Autonomia da PF é valor fundamental", declarou.
O ex-ministro disse que ficou sabendo da demissão de Valeixo pelo Diário Oficial da União e não assinou o decreto. "Fui surpreendido e achei que isso foi ofensivo", completou.
Moro justificou a demissão afirmando que tem o dever de proteger a instituição da Polícia Federal. "Agradeço o presidente da república a nomeação que foi feita lá trás, no futuro, vou providenciar minha carta de demissão". "Não tenho como prosseguir sem que eu tenha condições de preservar a autonomia da Polícia Federal", explicou.
Segundo Moro, desde do final do ano passado o presidente começou a falar sobre a troca do comando da PF. "Quando se começa a preencher cargos por pressão política partidárias, isso não é bom para as instituições. Bolsonaro passou a insistir na troca do diretor-geral, eu disse `presidente não tenho nenhum problema`, mas precisa ter uma causa", afirmou.
"Ontem, falei para o presidente que seria uma interferência política e ele disse: seria mesmo", destacou Moro. "Presidente me disse mais de uma vez expressamente que queria ter uma pessoa do contato dele, que ele pudesse ligar, ter informações, colher relatórios de inteligência. Seja diretor, seja superintendente, não é papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. Imagina se durante a própria Lava-Jato, ministro ou diretor-geral, ou a presidente Dilma ou o ex-presidente Luiz (Lula) ficassem ligando para o superintendente? Autonomia da PF é valor fundamental", declarou.
O ex-ministro disse que ficou sabendo da demissão de Valeixo pelo Diário Oficial da União e não assinou o decreto. "Fui surpreendido e achei que isso foi ofensivo", completou.
Moro justificou a demissão afirmando que tem o dever de proteger a instituição da Polícia Federal. "Agradeço o presidente da república a nomeação que foi feita lá trás, no futuro, vou providenciar minha carta de demissão". "Não tenho como prosseguir sem que eu tenha condições de preservar a autonomia da Polícia Federal", explicou.
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