STF autoriza Lula a se encontrar com familiares após morte do irmão
O velório do irmão do ex-presidente aconteceu hoje em São Bernardo do Campo (SP). A liberação de Lula foi autorizada pelo presidente do STF, Dias Toffoli
![STF autoriza Lula a se encontrar com familiares após morte do irmão](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FSTF_autoriza_bf34218861.jpg&w=1920&q=90)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o pedido de liberação para comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, aceito pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que está de plantão no recesso do Judiciário, nesta quarta-feira (30/01). O irmão do político morreu na manhã da última terça-feira (29), aos 79 anos vítima de um câncer.
O pedido da liberação do ex-presidente já havia sido feito pela defesa do político, mas foi negado pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
Hoje (30/01), Toffoli autorizou a ida de Lula ao velório do irmão, em São Bernardo do Campo, mas o corpo acabou sepultado no início da tarde, antes da chegada do político. Agora, Lula pode apenas encontrar os famíliares em uma Unidade Militar da região.
"Por essas razões, concedo ordem de habeas corpus de ofício para, na forma da lei, assegurar, ao requerente Luiz Inácio Lula da Silva, o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje, em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo do de cujos ser levado à referida unidade militar, a critério da família", disse o presidente do STF.
O ex-presidente está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde abril de 2018, após ser condenado no caso do triplex de Guarujá (SP), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
ATUALIZAÇÃO:
O ex-presidente Lula decidiu não sair de Curitiba, onde está preso, para encontrar os famíliares em uma Unidade Militar da região, após a morte de seu irmão Genival Inácio.
"Na verdade, a decisão foi absolutamente inócua. A decisão foi proferida quando o corpo já estava baixando a sepultura, o enterro já estava acontecendo. Então, nesse sentido, a decisão não tem mesmo como ser cumprida. O presidente não concordaria em se reunir com sua família em um quartel. Ele disse isso claramente. Seria um vexame, seria um desrespeito com a família que ele fosse se encontrar com a família num momento como esse em um quartel", disse o advogado de Lula, Manoel Caetano Ferreira, que ainda afirmou que a decisão chegou muito tarde e que era impossível de ser cumprida.