UFRGS impede formando de usar suástica na colação de grau em Porto Alegre
Universidade Federal do Rio Grande do Sul interveio antes da cerimônia e estudante removeu a pintura após advertência
SBT News
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) impediu que um formando do curso de Engenharia de Minas participasse da colação de grau com uma suástica pintada no rosto. O caso ocorreu na terça-feira (18), no Campus Centro, em Porto Alegre.
O estudante Vinícius Krug de Souza estava no local da cerimônia antes da formatura, com o símbolo nazista na face. Ao tomar conhecimento da situação, a universidade interveio. Segundo a UFRGS, o vice-reitor e o coordenador de Segurança advertiram o formando, proibindo sua participação caso não removesse a pintura.
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O estudante argumentou que o símbolo era referência ao hinduísmo e não ao nazismo. No entanto, a universidade ressaltou que, caso não apagasse a suástica, seria encaminhado à Polícia Federal para averiguação. Diante da advertência, ele removeu a pintura e participou da solenidade com outros desenhos no rosto, sem ligação com o nazismo.
Um vídeo da formatura, registrado pela produtora responsável, mostra que aos 50 minutos e 30 segundos o estudante é anunciado. Poucos segundos depois, parte da plateia grita "nazista". Em resposta, ele faz um gesto considerado hostil em direção ao público.
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A ONG Stop Hate Brasil encaminhou uma denúncia ao Ministério Público do Rio Grande do Sul. Segundo a entidade, o estudante tentou camuflar a intenção de exibir um símbolo nazista ao associá-lo a elementos budistas. A organização acredita que houve um planejamento para evitar repercussões jurídicas.
Em nota oficial, a UFRGS informou que registrará um boletim de ocorrência na Polícia Federal e analisará eventuais medidas administrativas. A universidade reforçou que não tolera manifestações de ódio, intolerância ou ataques aos direitos humanos em seus espaços.
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O Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS e a União Nacional dos Estudantes (UNE) também se manifestaram exigindo a anulação da formatura e do diploma de Vinícius Krug de Souza. As entidades classificaram a atitude como apologia ao nazismo, crime previsto no Código Penal Brasileiro, e pediram uma investigação rigorosa para evitar a repetição de episódios semelhantes.
