Trabalhadores relatam momentos de terror antes de ter corda cortada em prédio
Crime chocante foi registrado em Curitiba; autor foi preso em flagrante e denunciado por tentativa de homicídio
Dayane Teodoro
Pouco mais de duas semanas após sofrer uma tentativa de homicídio, o trabalhador Maik Gustavo da Silva segue abalado e com acompanhamento psicológico desde o dia do crime cometido por Raul Pellegrini, de 41 anos.
O autor da violência, morador da cobertura de um prédio em Curitiba, cortou a corda do limpador a uma altura de 18 metros. Maik só não caiu pois usava um dispositivo de proteção que evitou a queda.
“Primeiramente veio um ‘branco’ na cabeça, porque a gente não espera que a gente venha a cair a qualquer momento. Assim que tive a noção e a ciência que eu estava preso pelo trava-quedas, minha primeira conduta foi fazer a transferência de corda. Eu uso um equipamento de segurança modelo de rapel, que eu consigo soltar o meu equipamento da corda que eu estou descendo e mudar para outra corda. Foi o que eu fiz. Fiz uma ascensão, que é o que a gente faz para poder subir um pouco mais, para cima, pra eu poder aliviar o meu trava-quedas. Tirei o meu trava-quedas e desci até o 6º andar até chegar no chão”, explicou Maik.
Antes da ação brutal, Raul ameaçou outros trabalhadores no local, com uma faca, afiando-a com uma lima. Segundo Leonardo Gonçalves, limpador da fachada do prédio, o criminoso gritou que cortaria a corda dele. “Nisso ele sai, por alguns segundos, e volta com a corda do Maik cortada e joga até a janela onde eu estou e fala que vai cortar a minha corda”, relatou.
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Houve um pedido de relaxamento de prisão de Pellegrini, que foi negado. Um novo pedido de habeas corpus foi feito, também negado. O caso ocorreu em 14 e março e veio à tona após o Ministério Público paranaense denunciar a tentativa de homicídio.
“Eu espero que o morador da cobertura seja punido pelo crime que cometeu”, afirmou Maik.