Roubos de cargas na Baixada Santista cresceram 150% em 2023
Média de quase dois roubos de cargas por dia na região tem tirado o sono dos donos das transportadoras
Gudryan Neufert
Os roubos de cargas na Baixada Santista cresceram 150% no ano passado em relação a 2022. É o maior aumento em duas décadas. A região é visada por causa do Porto de Santos, que transporta 25% do PIB do Brasil.
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A média de quase dois roubos de cargas por dia na região tem tirado o sono dos donos das transportadoras.
Um relatório de uma consultoria internacional apontou que as áreas de maior risco ficam nos municípios de Praia Grande e São Vicente.
"A gente percebe que são produtos tanto saindo do porto rumo ao destino final, como também vindo do seu destino para virem pro porto pra exportação. Então acontecem das duas formas", afirma Saulo Chaves, diretor de negócios da ICTS Security.
Henrique Almeida dos Santos coordena as operações de uma transportadora em Santos. Ele conta que os custos com segurança aumentaram muito nos últimos anos: "hoje quando a gente fala de uma carga acima de R$ 300 mil, a gente tem que ter todo um aparato específico para aquele monitoramento, se o motorista está seguindo a rota correta, se não está tendo desvio".
O estudo mostrou também que as cargas mais visadas pelas quadrilhas são: produtos eletrônicos, como celulares e computadores, eletrodomésticos e alimentos, principalmente carnes e bebidas.
"Quando a gente fala de roubo de cargas, as pessoas talvez não tenham a dimensão do impacto que isso traz pro dia a dia da sociedade. Roubo de carga impacta em todas as frentes. Impacta na pessoa que produz, ele impacta em quem transporta e no cliente final, a sociedade", diz Saulo Chaves.
