Flagrante: estrangeiro "imita macaco" para taxista brasileiro no Rio de Janeiro
Uma câmera dentro do táxi de Arthur El Hage flagrou cena de injúria racial
Gabriel Sponton
Um homem estrangeiro foi flagrado, na última quarta-feira (31), xingando e imitando um macaco para um taxista no trânsito do Rio de Janeiro. A câmera de segurança do carro flagrou o episódio de racismo.
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Nas imagens, feitas de dentro do carro de Arthur El Hage, é possível ver o homem se aproximando do veículo e, enquanto dirige, abre a janela e começa a imitar o animal. Na gravação, também é possível ouvir o homem gritar "What are you doing, you f*** brazilian? Go!" - O que você está fazendo seu brasileiro f**? Vai!".
Um dia após o episódio, Arthur fez um boletim de ocorrência em uma delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O caso foi registrado como injúria racial por preconceito.
Desde 2023, o crime de injúria racial foi equiparado ao crime de racismo, que é inafiançável, com pena de reclusão que vai de dois a cinco anos, além de multa.
Injúria racial x racismo: como identificar
A principal diferença entre os crimes de injúria racial e de racismo é que o primeiro acontece quando a honra de uma pessoa específica é ofendida em razão de sua raça, cor, etnia, religião ou origem. Já segundo caso ocorre quando o crime é cometido contra um grupo ou coletivo de pessoas.
Exemplos de injúria racial
Expressões pejorativas, como ser chamado de "macaco", comentários sobre a origem ( “Você tem um pé na cozinha, ou na África”) ou sobre aparência ("você tem cabelo ruim") proferidos com intuito de depreciar e ofender a honra são considerados injúria racial.