Polícia investiga desvio de verbas da Fapesp por servidores da Unicamp
Possível fraude foi identificada em recursos destinados a 28 professores do Instituto de Biologia da universidade
A Polícia Civil investiga um esquema de desvio de verbas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com o suposto envolvimento de servidores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As duas instituições confirmaram em nota que conduzem apurações internas sobre os casos.
Em 18 de janeiro, uma servidora da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp) foi demitida por justa causa por suspeita de desvio de recursos. Foram identificadas "inconsistências" no trabalho da servidora durante os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024.
O valor supostamente desviado não foi revelado pela universidade. A possível fraude foi identificada em recursos destinados a 28 professores do Instituto de Biologia.
A suspeita é de que a servidora investigada incluía notas fiscais de uma empresa dela própria e recibos forjados nas prestações de contas dos professores.
O caso foi apresentado no 7º Distrito Policial de Campinas no dia 1º de fevereiro.
Em nota, a Unicamp confirmou nesta sexta-feira (9) que o Instituto de Biologia apura “possível desvio de recursos financeiros originários da Fapesp”.
A Fapesp informou que, em auditoria no ano passado, detectou “possíveis irregularidades num processo de prestação de contas de um pesquisador”.
“Ao fazer pedidos de esclarecimentos, chamou atenção deste e dos outros pesquisadores para o que, posteriormente, foi identificado como um problema pela direção do Instituto de Biologia da Unicamp”, disse a Fapesp em nota.