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Polícia

Presidente da Câmara de Boa Vista é preso por suspeita de compra de votos

Genilson Costa (Republicanos) foi detido pela Polícia Federal um dia após ser diplomado reeleito vereador; foram cumpridos 14 mandados de prisão no estado

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O vereador e presidente da Câmara de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos), foi preso nesta quarta-feira | Reprodução
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Nesta quarta-feira (18), a Polícia Federal prendeu o vereador e presidente da Câmara de Boa Vista (RR), Genilson Costa (Republicanos), e do subcomandante-geral da Polícia Militar de Roraima, coronel Francisco das Chagas Lisboa. A operação investiga a utilização de dinheiro do tráfico de drogas na compra de votos nas eleições municipais de 2024. A ação ocorre um dia após a diplomação de Genilson Costa, reeleito vereador.

A operação cumpre 18 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária, todos expedidos pela Justiça Eleitoral de Roraima. Até o momento, 12 mandados foram cumpridos, incluindo os de Genilson Costa e do coronel Lisboa. Além das prisões, armas também foram apreendidas. A esposa de Genilson, a policial civil Natalie Guimarães, também foi detida.

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As investigações apontam que Genilson Costa comprava votos com recursos oriundos do tráfico de drogas em Boa Vista. O coronel Lisboa, por sua vez, teria vazado informações sobre denúncias de compra de votos para o vereador, quebrando o sigilo do canal de comunicação da Polícia Militar. A operação visa desarticular a associação criminosa que operou durante o período eleitoral de 2024.

De acordo com a Polícia Federal, ao menos R$ 1 milhão foram utilizados na compra de votos para garantir a reeleição de Genilson Costa. O vereador, que obteve 3.744 votos, vai para o seu terceiro mandato consecutivo na Câmara Municipal de Boa Vista. Em 2016, ele foi eleito pela primeira vez, e em 2020, foi reeleito.

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A investigação teve início após a prisão de dez pessoas em flagrante no dia 5 de outubro deste ano por corrupção eleitoral. Na ocasião, um suspeito ligado à campanha de Genilson teria oferecido entre R$ 100 e R$ 150 a eleitores em troca de votos. A busca e apreensão realizada no dia seguinte revelou a prática de vários crimes eleitorais e resultou na prisão do vereador por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e posse ilegal de ouro.

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