Polícia do RJ prende suspeitas de vender falso produto para emagrecimento rápido
Quadrilha comercializava como fitoterápico remédio que continha substância proibida e prometia perda de 10 quilos em menos de duas semanas
Gabriel Sponton
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta quarta-feira (27), três mulheres suspeitas de integrar uma quadrilha que vendia medicamentos falsos no estado. As criminosas anunciavam os remédios com a promessa enganosa de um emagrecimento rápido.
+ Polícia vai investigar morte de mulher após hidrolipo em clínica de estética
Nos anúncios, divulgados na internet, o grupo afirmava que o produto "Seca Máximo" acelerava a perda de peso em 10 quilos, em menos de duas semanas. Os medicamentos eram anunciados pela quadrilha como naturais, mas, segundo as investigações, eram compostos por substâncias de uso controlado.
A investigação começou após uma cliente denunciar a compra do produto em uma delegacia, relatando diversos efeitos colaterais após o uso, como tonturas, vômitos, tremores, sudorese e outros. A vítima entregou os compostos para análise das autoridades, que constataram que o suposto fitoterápico continha sibutramina — um inibidor de apetite que tem venda proibida pela Anvisa — e bisacodil, um tipo de laxante.
Agentes do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) estiveram em 12 endereços na capital carioca, na Região dos Lagos e na Baixada Fluminense, onde apreenderam diversos frascos contendo os medicamentos, que não possuíam registro na Anvisa ou indicações de laboratório farmacêutico, como lote, validade e bula.
Marcelly Neves de Lima, Elda Maria das Neves e Diana Ramos Soares foram presas em flagrante na ação. Segundo a Polícia Civil, Marcelly se apresentava nas redes sociais como dona da marca e era ela quem respondia os questionamentos de clientes sobre efeitos colaterais no WhatsApp. A suspeita também ostentava uma vida de luxo, com viagens e aluguéis de casas.
+ Polícia vai investigar morte de mulher após hidrolipo em clínica de estética
A quadrilha irá responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, venda de produto farmacêutico corrompido, associação criminosa, exposição a perigo da vida e crimes contra o consumidor.