Polícia Civil do DF encontra pelo menos 10 cachorros mortos em abrigo clandestino
Um homem de 21 anos foi preso em flagrante e autuado por sete crimes de maus-tratos a cães

Vanessa Vitória
A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) descobriu na quarta-feira (3) um "abrigo" clandestino em Planaltina (DF), que funcionava como lar temporário pago. Em Planaltina, o local cobrava mensalidade R$ 600,00, por cão, mais a ração.
Foi uma jornalista que denunciou a morte de animais resgatados e que tinham sido levados para o abrigo. Equipes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) encontraram no local cerca de 10 cães mortos em diferentes estágios de decomposição e dois vivos em desnutrição extrema.
Os animais estavam confinados em baias, todos apresentando sinais de morte por inanição (ausência do consumo alimentar, muitas vezes reconhecida como fome crônica) e um deles preso entre as grades em tentativa de fuga.
De acordo com testemunhas, o responsável pelo lar temporário, um homem de 21 anos, teria usado produto químico para acelerar a decomposição das carcaças e reduzir o mau cheiro que incomodava os vizinhos. Ele foi preso em flagrante e autuado, por enquanto, por sete crimes de maus-tratos a cães, sendo cinco com a pena aumentada pelo resultado morte.
O espaço onde os cães estavam passou por perícia e o número de cachorros mortos pode aumentar. Os dois animais que sobreviveram foram resgatados e estão aos cuidados da jornalista.
Tutores
Em relação aos tutores, o delegado da PCDF, Jonatas Silva, disse que os donos pediam fotos e vídeos dos cachorros, mas o responsável pelo lar temporário "enrolava e não mandava".
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