PMs viram réus por morte do ex-presidente da OAB no Mato Grosso
Renato Gomes Nery foi assassinado em frente ao escritório em Cuiabá; crime teria sido motivado por disputa de terras
Luana Rodrigues
Após um ano de investigações, quatro policiais militares se tornaram réus pelo envolvimento na morte do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Mato Grosso. Renato Gomes Nery, de 72 anos, foi assassinado em julho de 2024, na frente do escritório onde trabalhava, em Cuiabá.
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O autor dos disparos, Alex Roberto de Queiroz, está preso e, segundo a Polícia Civil, confessou o crime. De acordo com o inquérito, ele receberia R$ 160 mil pela execução e foi contratado por um policial militar, que teria atuado como intermediário entre os mandantes e o executor.
Após o assassinato, Alex entregou a arma usada no crime ao policial militar. Ainda segundo a investigação, o PM tentou atrapalhar as apurações ao inserir a arma em uma ocorrência que simulava um confronto entre sua equipe e supostos criminosos.
Plano foi articulado no WhatsApp
A Polícia Civil e o Ministério Público apontam que o confronto foi forjado com o objetivo de justificar a presença da arma na cena e vinculá-la a uma troca de tiros. Durante esse episódio, uma pessoa morreu e três ficaram feridas.
O plano teria sido articulado por meio de um grupo de WhatsApp chamado "Gol Branco". A investigação também identificou os supostos mandantes do homicídio. A motivação para o crime, de acordo com o Ministério Público, seria uma disputa por terras.
Os suspeitos estão presos, mas negam qualquer envolvimento na contratação da execução de Renato Nery.