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Polícia

PF prende 4 policiais suspeitos de cobrar propina de influenciadores em SP

Agentes usaram investigação contra o sorteio de rifas nas redes sociais para cobrar dinheiro das vítimas

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A Polícia Federal em São Paulo prendeu em uma operação, na manhã desta sexta-feira (25), quatro policiais civis por corrupção ativa e passiva e pelo envolvimento deles com uma organização criminosa.

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Havia uma investigação por parte dos policiais supostamente para apurar a prática de sorteios de rifas ilegais realizados por "influenciadores" nas redes sociais, que poderiam configurar exploração de jogos de azar e crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

No entanto, o objetivo verdadeiro dos policiais investigados era obter propina para si e seus advogados, a pretexto de não dar continuidade na investigação.

Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na ação policial nas cidades de Santo André, Mauá e na capital paulista.

Em nota (veja na íntegra abaixo), o Ministério Público informou que os quatro mandados de prisão preventiva contra os policiais, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Santo André, já foram cumpridos. Houve também a quebra do sigilo bancário dos policiais investigados.

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A ação policial é um desdobramento de uma operação deflagrada nos dias 12 de março e 12 de dezembro de 2024, quando uma organização criminosa constituída para arrecadar propinas dentro da repartição policial foi identificada. Na ocasião, um policial foi preso preventivamente e outro afastado do serviço.

Veja a nota no Ministério Público:

Nesta sexta-feira (25/4), o MPSP, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e a Polícia Federal, por meio da Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SP), com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo, dão cumprimento a mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Santo André contra quatro policiais lotados no 6º Distrito da cidade e a diversos mandados de busca e apreensão. A ação vem na esteira da Operação Latus Actio e da Operação Latus Actio 2, deflagradas, respectivamente, nos dias 12 de março e 12 de dezembro de 2024, quando uma organização criminosa constituída para arrecadar propinas dentro da repartição policial foi desarticulada - naquela ocasião, um policial foi preso preventivamente e outro afastado do serviço.

O Poder Judiciário decretou também a quebra do sigilo bancário dos investigados. Em síntese, havia instauração de procedimentos de Verificação de Procedência de Informações (VPI) por parte dos policiais supostamente para apurar a prática de sorteios (rifas) ilegais realizados por “influenciadores” através de suas redes sociais, condutas que poderiam configurar a contravenção penal por exploração de jogos de azar e crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Entretanto, o verdadeiro objetivo dos policiais era a solicitação de vantagem econômica indevida (“propina”) aos investigados e seus respectivos advogados, sob o argumento de não dar prosseguimento à apuração.

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