PF mira extração ilegal de madeira em terra indígena no Maranhão e investiga envolvimento de povos originários
Um indígena da TI Geralda/Toco Preta foi preso; um dos alvos de mandado de prisão está foragido
Carlos Catelan
A Polícia Federal (PF) no Maranhão deflagrou, nesta terça-feira (16), dois mandados de prisão no âmbito da operação Conluio Exploratório, contra acusados de extração e comercialização ilegal de madeira em terra indígena (TI). A força-tarefa investiga possível "conluio" entre indígenas, madeireiros, fazendeiros e políticos locais.
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Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Justiça Federal. Um foi cumprido, resultando na prisão de um indígena. O outro suspeito não estava em casa no cumprimento da ação e é considerado foragido. Nomes dos alvos não foram divulgados.
Trata-se da segunda fase da operação Kreepym-Katejê, que investiga a conivência por parte de alguns membros das comunidades da TI Geralda/Toco Preta por supostamente permitirem extração de árvores em troca de vantagem econômica indevida.
A terra indígena, entre os municípios de Arame e Itaipava do Grajaú (MA), é a segunda colocada no ranking dos territórios que sofrem maior pressão do desmatamento, de acordo com estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).