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Polícia

Operação para desmontar esquema de cabos de cobre furtados tem tiroteio no Rio

"Caminhos do Cobre" revela atuação de quadrilha em três estados e bloqueia R$ 200 milhões dos envolvidos

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro desvendou um esquema criminoso de grande escala envolvendo o furto e a venda de cabos subterrâneos de cobre, com participação direta de traficantes de drogas. De acordo com as investigações, depósitos controlados pelo tráfico armazenavam o material furtado, que era depois repassado para ferros-velhos e metalúrgicas.

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Na capital fluminense, a operação resultou em intenso tiroteio nas comunidades do Rio Comprido, nos morros do Fallet e Fogueteiro, onde foram cumpridos cinco mandados de prisão e 46 de busca e apreensão. A ação aconteceu antes do amanhecer, e os moradores precisaram correr para se proteger do confronto, que deixou marcas visíveis em janelas e fachadas de prédios.

Esta foi a segunda fase da operação batizada de Caminhos do Cobre, que revelou um esquema bem estruturado para lucrar com o comércio ilegal de cobre. Além da cidade do Rio, os agentes atuaram em São Gonçalo, na região metropolitana, e em Queimados, na Baixada Fluminense.

A investigação apontou que o material furtado, proveniente de redes subterrâneas de empresas de telefonia e energia elétrica, era inicialmente levado para depósitos mantidos por facções criminosas. Em seguida, os cabos eram fracionados, decapados e queimados, processo que eliminava qualquer vestígio de origem. Só então, o cobre era enviado para ferros-velhos e empresas de metalurgia.

Os criminosos atuavam durante a madrugada, com o uso de caminhões e apoio de batedores armados em motocicletas. Para despistar a polícia, alguns membros da quadrilha chegaram a falsificar uniformes de empresas terceirizadas.

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O esquema não se limitava ao estado do Rio de Janeiro. Também houve cumprimento de mandados em São Paulo e no Paraná. Entre os presos está uma mulher apontada como a responsável pelo controle financeiro do grupo, assumindo o posto após a prisão do marido, em 2022.

Dada a dimensão do lucro obtido pela quadrilha, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias dos investigados, além do sequestro de bens de luxo pertencentes ao grupo.

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