Operação no Rio de Janeiro teve vazamento e "preparou" bandidos
Criminosos considerados os mais perigosos deixaram o Morro do Adeus durante entre a noite de segunda-feira (27) e a madrugada desta terça-feira (28)
Sidney Rezende
O Rio de Janeiro viveu nesta terça-feira (28) o dia mais sangrento de sua história, com 64 mortes em uma megaoperação contra facções criminosas.
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O crime e os criminosos devem ser combatidos em todo o território nacional, e isso deve ser feito de maneira organizada, competente e planejada. Nesse caso, será que o resultado valeu a pena?
Foram 12 policiais baleados, quatro deles morreram, sendo dois policiais civis e dois do Bope. O Bope é o grupamento mais preparado, e, em geral, eles vão pra operação e voltam com vida. Portanto, o saldo é bastante grave.
Na noite de ontem (27), já se sabia que haveria essa operação. Os vazamentos foram amplos nas redes sociais, e isso por si só mostra que não era surpresa pros bandidos. Alguns deles, considerados os mais perigosos, deixaram o Morro do Adeus durante a noite e a madrugada.
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Caos na cidade
Logo cedo, começaram os tiroteios, e a população viveu um outro problema: o Rio de Janeiro não tem um controle de pânico. Muitas vezes, o empregador acha que é um bom negócio liberar seus funcionários pra voltar pra casa mais cedo. Mas se todos são liberados ao mesmo tempo, acontece um caos nos meios de transporte, e foi isso o que aconteceu.
Então, a operação não foi planejada para a hipótese do que poderia dar errado.








