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Massacre no cinema: Mateus da Costa Meira é libertado após 25 anos

Homem foi condenado por matar três pessoas em um cinema de São Paulo em 1999

Massacre no cinema: Mateus da Costa Meira é libertado após 25 anos
Mateus da Costa Meira, que atirou com metralhadora dentro de sala de cinema
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O ex-estudante de Medicina Mateus da Costa Meira, condenado a quase 50 anos de prisão por matar três pessoas e ferir outras quatro em um ataque a tiros em uma sala de cinema no Morumbi Shopping, em São Paulo, foi libertado nesta semana. A soltura foi determinada pelo Tribunal de Justiça da Bahia e confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP). Meira estava internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador. O caso, que ocorreu há 25 anos, chocou o Brasil.

O ataque aconteceu no dia 3 de novembro de 1999, quando Meira invadiu uma sessão do filme "Clube da Luta" armado com uma metralhadora e disparou contra o público. Ele foi contido enquanto tentava recarregar a arma. Em 2004, Mateus foi condenado pelo Tribunal do Júri de São Paulo a 120 anos de prisão pelos homicídios e tentativas de assassinato, mas em 2007, a pena foi reduzida para 48 anos, pois a Justiça entendeu que as condenações não poderiam ser somadas.

Em 2009, Meira foi transferido para um presídio na Bahia, onde tentou matar um colega de cela com uma tesoura. Dois anos depois, o Tribunal do Júri de Salvador o considerou inimputável, com base em um laudo médico que diagnosticou Meira com esquizofrenia. Desde então, ele cumpria pena no hospital psiquiátrico.

Recentemente, médicos avaliaram que Meira pode voltar ao convívio social e familiar, mas ele terá que seguir em tratamento psiquiátrico. A desinternação, concedida por um ano, está sujeita a várias regras: ele deve manter bom relacionamento com amigos e familiares, não pode sair de casa à noite, portar armas, consumir bebidas alcoólicas, drogas, nem frequentar bares, casas de jogos ou festas populares.

A libertação de Mateus levantou críticas, principalmente de psiquiatras forenses que são contrários à política antimanicomial aplicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomenda internações psiquiátricas apenas em casos excepcionais. A falta de transparência no processo de desinternação também foi alvo de questionamentos.

Para o psiquiatra forense Guido Palomba, que acompanhou o caso, a soltura de Mateus é um erro. “Entrar num cinema com uma metralhadora e atirar em pessoas que ele não conhecia, sem roubar ou reivindicar nada, é incompreensível do ponto de vista psicológico. O crime é gravíssimo e ele não tem cura”, afirmou Palomba.

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