Laudo confirma que Porsche corria no dobro da velocidade permitida ao atropelar motoboy
Documento pode reforçar tese do MP de que motorista assumiu risco de matar; família diz que está "apreensiva sobre o processo"
Nathalia Fruet
O Laudo da Polícia Científica confirmou que Igor Ferreira Sauceda, motorista do Porsche que atingiu e matou o motoboy Pedro Kaique Ventura, estava a 102 km/h no momento da batida. O limite da Avenida Interlagos, zona sul de São Paulo, onde o acidente aconteceu em julho deste ano, tem o limite de 50 km/h.
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O documento também revela que ele havia instalado um escapamento não original que deixava o carro mais potente. O laudo só saiu após cobrança da Justiça.
A Polícia Científica chegou às conclusões a partir de um módulo interno do veículo que funciona como uma espécie de "caixa preta". Os peritos acessaram dados do sistema de controle e estabilidade do veículo.
O resultado reforça a tese do Ministério Público de que Igor assumiu o risco de matar. Além disso, imagens mostram que o motorista pode ter perseguido o motoboy, pois ele teria quebrado o retrovisor do carro de luxo.
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O MP o acusa de homicídio doloso triplamente qualificado. Assim, o caso poderia ser julgado por júri popular. O Tribunal Superior de Justiça em Brasília negou o pedido da defesa do motorista de responder em liberdade.
O pai de Pedro Kaique disse, em mensagem exclusiva à redação do SBT, que a família está apreensiva sobre o processo e que o sentimento é de revolta e indignação.