Gangue de pichadores de prédios públicos e monumentos é alvo de operação no DF
Polícia Civil do Distrito Federal prendeu integrantes de quadrilha e apreendeu materiais como tintas, latas de spray e celulares

Vanessa Vitória
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), cumpriu nas primeiras horas desta quinta-feira (8) 12 mandados de prisão temporária e dez de busca e apreensão, no Distrito Federal e Entorno, contra integrantes de uma associação criminosa especializada em pichações em prédios públicos, monumentos e obras recém-construídas na capital federal.
As investigações apontaram como os suspeitos agiam e até se organizavam por meio de aplicativos de mensagens para dividir tarefas, criar codinomes e combinar estratégias para camuflar as ações de vandalismo.
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De acordo com a polícia, perícias feitas em diferentes pontos de Brasília confirmaram a relação entre pichações e pichadores, inclusive em casos mais recentes, registrados em setembro de 2025.
Segundo destacou o delegado-chefe da 3ª DP, Victor Dan, "as provas indicam que não se tratam de atos isolados de vandalismo, mas de ações organizadas e direcionadas contra bens de interesse público e institucional, com impacto direto na ordem pública e na imagem da cidade".
Itens apreendidos
Durante as buscas realizadas no DF e Entorno, foram apreendidos celulares, tintas, sprays, anotações e materiais utilizados nas pichações, além de registros digitais que podem apontar a liderança do grupo.
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Decisão da Justiça do DF
Na decisão que autorizou força-tarefa, a 4ª Vara Criminal de Brasília ressaltou que as condutas investigadas "não se tratam de fatos isolados ou pretéritos, mas de atividade em plena continuidade", reforçando o caráter organizado e persistente da atuação do grupo.
Investigações continuam
A 3ª DP segue em busca de identificar outros integrantes do bando, cujas assinaturas aparecem em pichações recentes em viadutos, pontos de ônibus e obras públicas do Distrito Federal.
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Punições
Se condenados, os pichadores podem responder pelos crimes de associação criminosa e atentado contra serviço de utilidade pública, ambos com penas superiores a quatro anos de prisão.
Consequências das pichações, segundo a Polícia Civil
- Deteriora fachadas, monumentos e muros;
- Exige custos altos de limpeza e restauração para o poder público e proprietários;
- Pode comprometer a estrutura e o acabamento de prédios, especialmente quando há uso de tinta corrosiva;
- Reduz o valor de imóveis e áreas urbanas pichadas;
- Aumenta os gastos municipais com manutenção e pintura;
- Pode afastar turistas e investidores, afetando o comércio local;
- Transmite sensação de abandono, insegurança e desordem;
- Desvaloriza espaços públicos e culturais.