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Dinheiro desviado do SUS comprou apartamento de R$ 10 milhões e carros de luxo

Operação da Polícia Federal apreendeu mais de R$ 30 milhões em bens no PR, SP e SC

Dinheiro desviado do SUS comprou apartamento de R$ 10 milhões e carros de luxo
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Um apartamento avaliado em mais de R$ 10 milhões, na orla da balada praia de Balneário Camboriú (SC), foi alvo apreensão da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (23). O imóvel registrado em nome de uma empresa que só existia no papel é parte do patrimônio de mais de R$ 30 milhões comprado com dinheiro desviado do Sistema Único de Saúde (SUS).

Carrões de luxo, dez imóveis, dinheiro vivo e as ações em duas empresas dos acusados foram alvos de bloqueio decretado pela Justiça Federal, em Curitiba. A Operação Moto-perpétuo, deflagrada pela PF e pela Receita Federal, nesta terça-feira, cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

O alvo é um esquema de lavagem de dinheiro, que tinha Curitiba com base, que foi usado para "esquentar" o dinheiro que teria sido desviado do SUS. Usando Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) - uma espécie de ONG -, criminosos teriam fraudado licitações e desviado pelo menos R$ 14 milhões de recursos da Saúde, segundo a PF.

O esquema de desvio e fraudes no dinheiro do SUS foi alvo da Operação Fiducia, deflagrada em 2015. Auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) apontou que desvio total de verbas passou de R$ 70 milhões.

Dinheiro do crime

Com a descoberta do esquema de desvios no SUS, a PF passou a investigar qual o destino da fortuna que os criminosos levantaram. Policiais descobriram que os alvos teriam comprado "diversos bens em nome de terceiros", para ocultar o dinheiro ganho com os crimes - o que caracteriza lavagem de dinheiro.

"Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de laranjas, com o auxílio de um advogado e um contador", informou a PF.

O apartamento em Balneário Camboriú, por exemplo, comprado pelos criminosos, estava registrado em nome de uma empresa fantasma, cujo dono que aparecia no papel era beneficiário de auxílio emergencial do governo.

"Essa operação surge como resultado de uma investigação minuciosa na qual foi descoberta uma suposta rede de lavagem de dinheiro envolvendo um grupo de indivíduos", afirmou o delegado da PF Mateus Calabresi.

"De acordo com as investigações, esses indivíduos teriam empregado uso de elementos ilegais, como uso de laranjas e empresas fictícias, com o intuito de dissimular o patrimônio, estimado no mínimo em R$ 30 milhões. Tais recursos, conforme se suspeita, seriam provenientes de desvios de verbas públicas destinadas à Saúde, no estado do Paraná."

Os alvos da PF nesta terça-feira foram dez imóveis avaliados em mais de R$ 20 milhões, veículos de luxo, apreensão de valores acima de R$ 10 mil e a indisponibilidade de cotas sociais de duas empresas, cujo capital totaliza R$ 500 mil. Os alvos podem responder na Justiça por crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e organização criminosa.

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