Defesa de jogador do Corinthians afirma que Samu falhou em atendimento de garota que morreu após encontro

A polícia de São Paulo ouviu, nesta quarta-feira (7), o depoimento do jogador do sub-20 do Corinthians, Dimas Cândido Filho. A defesa dele disse que houve falhas no socorro do Samu à jovem de 19 anos, que morreu após um encontro amoroso com o atleta.

O atleta chegou à Delegacia da Mulher, em São Paulo, por volta das 10h30. O depoimento durou mais de oito horas. Segundo o advogado de Dimas, ele forneceu detalhes das conversas que teve com Lívia Gabriele antes do encontro, no último dia 30.

"Ele está detalhando pra delegada todas essas mensagens, explicando essa evolução da intimidade deles virtual, da intimidade sexual, que foi acontecendo ao longo dessas mensagens desde o dia 17 de janeiro desse ano, que culminou com o dia que eles marcaram de se encontrar no apartamento dele", afirmou o advogado do jogador, Tiago Lenoir.

Durante a relação sexual, a estudante passou mal e teve um sangramento nas partes íntimas. Dimas acionou o socorro. A ligação para o Samu durou 21 minutos, período em que o atleta foi orientado a fazer massagens cardíacas na jovem.

A defesa do jogador questiona a forma como foi feito o socorro de Lívia Gabriele, desde a ligação para o Samu, até as dificuldades de locomoção dentro do condomínio, o que teria dificultado o atendimento da vítima.

"O tempo que foi gasto da ligação do Samu até o atendimento no hospital, se passaram em média 81 minutos", disse o advogado.

"Depois que eles estabilizaram ela, ela retomou ali os sinais vitais, eles pegaram ela, colocaram ela no cobertor, e desceram com ela até a ambulância do Samu. Nesse intervalo teve uma série de problemas ali, o elevador agarrou, um dos elevadores não estava funcionando, a maca não subiu até o apartamento, e aí eles saíram com ela com esse pano, nesse intervalo ela chegou a cair também, eles estavam conduzindo e ela cai, isso tudo foi registrado pelas câmeras também", completou a defesa

A polícia já analisa as imagens do circuito interno do edifício e deve ouvir, nos próximos dias, os funcionários do condomínio. Os investigadores agora aguardam os exames do IML, que devem fornecer mais detalhes sobre a causa da morte.

Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde não comentou as supostas falhas do Samu, apontadas pela defesa do jogador, disse apenas que está à disposição das autoridades de segurança.