Copiloto baleado em helicóptero da Polícia Civil segue internado em estado grave no Rio
Felipe Marques Monteiro foi atingido na cabeça durante operação contra criminosos na Vila Aliança

Cristiano Barbosa Lima
O copiloto de um helicóptero da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Marques Monteiro, de 45 anos, segue internado em estado grave na UTI do Hospital Miguel Couto, na Gávea. Ele foi baleado na cabeça durante uma operação policial na favela da Vila Aliança, na zona oeste, na quinta-feira (20).
Colegas de profissão aguardam notícias do estado de saúde de Felipe em frente ao hospital, demonstrando solidariedade ao policial. Durante a ação, que tinha como alvo uma quadrilha especializada em roubos de vans, o helicóptero foi alvejado por vários tiros.
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Felipe passou por cirurgia e seu quadro continua crítico. A Polícia Civil afirmou que dará uma resposta imediata ao ataque. "Enquanto a polícia está cada vez mais cheia de restrições, eles se sentem cada vez mais empoderados e cheios de garantias. A resposta será dada à altura e na proporção do ataque do qual fomos vítimas", disse o secretário de Polícia Civil, Felipe Cury.
Na tarde de quinta-feira, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli analisaram a aeronave no heliponto da Diretoria Geral de Operações Aéreas, na Lagoa. O especialista em segurança de voo Maurízio Spinelli destacou que, embora as aeronaves sejam seguras, o poder de fogo dos criminosos tem aumentado.
"Os marginais não têm o menor compromisso com seus disparos e realizam tiros de forma irresponsável. Já os operadores policiais, com toda a técnica que possuem, garantem a segurança da operação e da comunidade como um todo".
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Ataques a aeronaves
No mês passado, Felipe também estava a bordo de outro helicóptero atacado por criminosos no Parque Bom Retiro, em Duque de Caxias. Na ocasião, a aeronave bateu na fiação elétrica e perdeu altura, mas os pilotos conseguiram pousar em segurança.
Dados da Polícia Civil apontam um aumento de 267% nos ataques a aeronaves policiais entre 2019 e 2023.