Com segurança reforçada e sem protestos, ato do 8/1 termina sem incidentes graves
2 mil PMs, 250 homens da Força Nacional, cães farejadores e drones ocupam Esplanada
Ricardo Brandt
O mega esquema de segurança montado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e a falta de protestos organizados na Praça dos Três Poderes, nesta 2ª feira (8.jan), garantiu que o ato de um ano do 8 de janeiro de 2023 terminasse sem maiores incidentes.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Não havia informação que gerasse preocupação maior, mesmo assim, pelo simbolismo, fizemos uma mobilização importante nas forças de segurança, correu tudo bem, sem nenhum incidente", afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli.
"Como a gente previa, um dia de celebração da democracia brasileira, absolutamente na paz, em harmonia, com os Poderes reunidos. É um dia de festa democrática."
Foram 2 mil policiais militares destacados para ocupar a Esplanada dos Ministérios, para o ato "Democracia Inabalada", organizado pelo Planalto, Congresso e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na data em que a tentativa de golpe do 8 de janeiro completou um ano.
O plano de segurança envolveu ainda 250 homens da Força Nacional de Segurança, à disposição, cães farejadores, drones, helicóptero e pontos de bloqueio na Esplanada. Sem manifestações contrárias organizadas, um único incidente registrado foi a prisão de uma mulher, perto do STF, que ameaçou cometer um "ato terrorista".
O pastor alemão Axel, de 4 anos, da equipe de K-9 da Polícia Legislativa do Senado, fez parte do aparato. Com a policial Helena, ele ajudou na triagem externa e interna no Congresso, mas não farejou riscos.
Logo cedo, Cappelli, o secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar, visitaram os pontos de barreiras colocados no entorno dos prédios na Praça dos Três Poderes, as bases móveis de operação, acompanhados do comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Adão Teixeira.
O forte aparato colocado nas ruas do DF, nesta 2ª feira, contrapôs com a falta de homens em 2023, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos e depredados e houve confronto entre manifestantes e policiais.
O ministro em exercício afirmou que em 2023 "faltou comando". "Faltou autoridade, faltou presença de quem deveria liberar, que é a Secretaria de Segurança Pública do DF, que não fez isso naquela época."
Cappelli criticou a vistoria feita na manhã desta 2ª feira. "Hoje de manhã eu me reuni com o secretário do DF Sandro Avelar e me perguntaram, qual era a diferença? Eu disse que a diferença era que o secretário de segurança não estava no exterior, estava aqui comigo, cuidando in loco, liderando o processo. Isso faz toda a diferença."