PF investiga grupo que criava "idosos fictícios" e deu prejuízo de R$ 71 milhões ao INSS
Polícia Federal mobilizou 120 agentes para cumprir 38 mandados, sendo 10 de prisão preventiva, no Maranhão e no Piauí
Felipe Moraes
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta 3ª feira (7.nov), a Operação Fictus, para combater uma organização criminosa que criava "idosos fictícios" em fraudes previdenciárias e gerou prejuízo de pelo menos R$ 71 milhões ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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A ação mobilizou 120 agentes da PF para cumprimento de 10 mandados de prisão preventiva, 27 de busca e apreensão e um de afastamento de cargo público.
As medidas judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Piauí e foram realizadas nos municípios de Parnaíba (PI), Teresina (PI), São Luís (MA), Bacabal (MA), Codó (MA), Grajaú (MA), Pedreiras (MA) e Trizidela do Vale (MA).
Segundo as investigações, as fraudes envolviam a criação de falsos idosos por meio da falsificação de documentos de identificação para obtenção de benefício previdenciário e assistencial.
A organização criminosa também reativava benefícios cessados de pessoas que já morreram por meio de prova de vida bancária gerada a partir de documentos de identidade e comprovantes de endereço falsos.
A PF identificou pelo menos 505 benefícios com indícios de fraude, totalitando prejuízo de cerca de R$ 71 milhões ao INSS. A Justiça Federal determinou sequestro de bens e valores de quantia semelhante. De acordo com a investigação, a suspensão desses pagamentos irregulares gerou economia de mais de R$ 44 milhões.
Investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
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