Morte de torcedor do Fluminense por policial penal teve motivação política
Em depoimento, acusado teria dito que "flamenguista era tudo ladrão, igual ao povo que vota no Lula"

Diego Sangermano
O SBT News teve acesso com exclusividade aos depoimentos que constam na investigação da morte do torcedor do Fluminense, Thiago Leonel, em 1° de abril, após a partida entre Flamengo e Fluminense O policial penal Marcelo de Lima está preso e confessou que efetuou os disparos contra Thiago e o amigo dele, Bruno Tonini, que ficou gravemente ferido.
No depoimento, duas testemunhas, que não terão seus nomes revelados, e o próprio acusado, afirmaram que a discussão teve motivação política. No primeiro trecho um homem, que é amigo do acusado e estava com ele na pizzaria onde aconteceu o crime, ambos conversavam sobre o jogo e disse ao Marcelo "que o jogo foi roubado". Então o suspeito teria afirmado em voz alta que "flamenguista era tudo ladrão igual ao Lula". Foi então, segundo a testemunha, que a vítima, Thiago Leonel, escutou e começou a discutir com Marcelo.
Em outro depoimento um relato idêntico. O homem afirma que o suspeito discutia com ele sobre futebol quando Marcelo, alterado, afirmou "que flamenguista era tudo ladrão, igual ao povo que vota no LULA". Thiago, então, retrucou "que votou no Lula e não era ladrão".
O SBT News teve acesso também ao depoimento do acusado, Marcelo de Lima, que confirma a motivação da discussão que resultou na morte de Thiago Leonel. Segundo ele, no balcão da pizzaria, Thiago abordou o acusado e um amigo e "que não concordou com o que estava sendo dito entre ele e o amigo".
Um fato que chama atenção está no depoimento de uma outra testemunha. Ela disse que Marcelo Lima era vascaíno e que tinha bebido antes e durante o jogo e que mesmo embriagado pegou a arma que estava acautelada no estádio (guardada) na saída do jogo.