Mais de 50 pessoas são presas em ação contra o tráfico em SC e RS
"Operação Turrim" teve como alvo suspeitos envolvidos em esquema no litoral dos estados
Januário Barbosa
Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio Grande do Sul e as Polícias Civis de Santa Catarina e Porto Alegre, cumpriu mandados em 18 cidades e prendeu 53 pessoas, nesta 3ª feira (29.ago). Entre os presos estão dois irmãos e empresários dos setores imobiliário e gastronômico da cidade de torres, no litoral norte gaúcho, que lideravam um grupo criminoso.
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Há registros de pelo menos cinco casos de homicídios de desafetos e de traficantes de uma facção rival. Além dos presos, foram apreendidas 43 armas de fogo, cumpridos 48 mandados de busca e apreensão, incluindo de veículos de luxo, e bloqueio de 24 contas.
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Um terceiro alvo da operação batizada de "Turrim" seria um apenado, responsável por repassar as ordens dos líderes para outros envolvidos, atuando como uma espécie de gerente da facção. O homem, de 34 anos, já estava preso na penitenciária modulada de Montenegro - RS. Ele ainda possui antecedentes criminais por homicídio qualificado, associação para o tráfico de drogas, associação criminosa, coação no curso do processo, corrupção de menores, furto qualificado e ameaça.
Segundo a polícia, as investigações começaram há mais de um ano, quando os policiais civis efetuaram o cumprimento de mandado de busca e apreensão no interior de cela do detento. A partir daí, a investigação mostrou uma associação criminosa armada muito bem estruturada, especializada no cometimento dos crimes de tráfico de drogas, homicídios qualificados e porte ilegal de munições e armas de fogo.
Dentre uma das práticas do grupo estava a execuções de desafetos e de traficantes de facção rival, justamente com o intuito de monopolizar a venda de entorpecentes na região litorânea gaúcha.
Com os lucros obtidos do tráfico de drogas, essas lideranças sustentavam vidas de luxo. Compravam veículos de alto valor, moravam em apartamentos em bairros nobres e ostentavam gastos com viagens e compras de terrenos e imóveis. Nas redes sociais, os bandidos postavam vídeos mostrando o armamento pesado da facção.
Além de todos esses os crimes graves, a polícia disse que parte do lucro obtido pela facção, com a venda de entorpecentes, retroalimenta os tráficos de drogas e de armas na região.
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