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Polícia

Operação contra furto de petróleo prende pelo menos uma pessoa no Rio

Grupo usava um túnel de sete metros perto de um duto para conseguir levar o líquido

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Pelo menos uma pessoa foi presa em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio contra uma quadrilha especializada no furto de petróleo bruto. De acordo com as investigações, o grupo agia de forma sofisticada e chegou até a construir um túnel de sete metros perto de um duto.

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O objetivo da ação é cumprir três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em Além Paraíba, em Minas Gerais, e em endereços no Rio de Janeiro. Além do preso nesta quarta-feira (02),outro alvo de prisão já estava na cadeia.

Segundo a Polícia, os criminosos atuavam de forma estruturada - mesmo após terem sido alvos de diversas operações policiais. As investigações começaram a partir de uma tentativa de furto de petróleo na cidade de Rio das Flores, no Centro-sul fluminense, em agosto de 2024.

Os técnicos identificaram movimentações suspeitas e localizaram um túnel com aproximadamente sete metros de extensão, projetado para desviar o petróleo. Na ocasião, os agentes conseguiram impedir o crime e evitar um potencial desastre ambiental, já que a perfuração ocorria das imediações do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de milhões de pessoas em três estados.

Investigação

A primeira investigação envolvendo os principais denunciados aconteceu em 2017, com a prisão em flagrante de dois motoristas que transportavam petróleo furtado em caminhões, o que levou à identificação da organização criminosa especializada na perfuração clandestina de oleodutos da Transpetro. Desde então, os principais integrantes do grupo passaram a ser investigados em outras operações: Sete Capitães I, II e III e Exagogí.

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Durante as investigações, a polícia conseguiu identificar que a quadrilha tinha um alto grau de sofisticação, utilizando veículos alugados por terceiros, contas bancárias de interpostas pessoas e comunicações criptografadas, com o objetivo de dificultar a identificação dos verdadeiros responsáveis.

Os líderes do grupo também já foram alvos da "Operação Ouro Negro", deflagrada pela própria Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados quando foram identificadas ligações diretas com um contraventor identificado como Vinícius Drumond.

Além deles, outros integrantes da organização criminosa estão na mira desta ação. Eles foram identificados ao longo das investigações e atuavam de forma estruturada no suporte logístico à prática dos crimes, especialmente no pagamento de despesas e ocultação da identidade dos mandantes. Os presos e materiais apreendidos estão sendo levados para a Cidade da Polícia.

Transpetro

Em nota, a Transpetro disse que "é vítima do crime de furto de petróleo e derivados em dutos e tem como maior preocupação a preservação da vida e a segurança das pessoas e do meio ambiente". Veja nota completa: A Transpetro é vítima do crime de furto de petróleo e derivados em dutos e tem como maior preocupação a preservação da vida e a segurança das pessoas e do meio ambiente. Para reduzir a ocorrência dessa prática criminosa nos dutos que opera, a companhia adota uma estratégia focada em três ações.

A utilização de uma tecnologia de ponta realizada pelo Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL) da Transpetro, que permite a rápida localização de derivações clandestinas; o trabalho de relacionamento comunitário focado na conscientização com a população que vive no entorno dos ativos, o qual inclui a divulgação do número 168, um canal de comunicação direta entre a Transpetro e a população; além dos convênios com órgãos de segurança pública.

Essa estratégia tem resultado numa redução nos números de derivações clandestinas. Desde 2020, reduzimos em cerca de 90% o número de furtos e suas tentativas nas nossas faixas. Em 2020, foram 201 ocorrências e, no ano passado, 25.

O transporte de combustíveis por dutos é seguro e eficiente, mas intervenções criminosas podem trazer riscos à comunidade. A companhia disponibiliza o telefone 168, um canal gratuito que funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana, para receber denúncias sobre movimentação suspeita nas faixas de dutos, com sigilo garantido.

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