Atleta australiana do breaking se manifesta após ataques: "não sabia que abriria portas para tanto ódio"
Comitê Olímpico do país defendeu Rachel Gunn após uma petição online acusá-la de manipular classificação para Olimpíada
Gabriel Sponton
A atleta olímpica do breaking, Rachael Gunn, se manifestou, nesta quinta-feira (15), após sofrer diversos ataques na internet. O Comitê Olímpico da Austrália também defendeu a b-girl.
"Eu sou grata por poder ter trazido um pouco de alegria para a vida de vocês (apoiadores), era isso o que eu esperava, mas eu não sabia que isso também abriria portas para tanto ódio, o que, francamente, tem sido bem devastador", disse a atleta em pronunciamento nas redes sociais.
Durante a apresentação nos Jogos Olímpicos, Rachel Gunn performou uma série de movimentos considerados "questionáveis" e tirou nota 0 na modalidade. Após o evento, uma petição online, assinada por mais de 40 mil pessoas, alegava que Gunn teria manipulado a classificação para a Olimpíada.
Em defesa da atleta, o Comitê Olímpico da Austrália afirmou que a petição é "vexatória, enganosa e pratica bullying". O diretor executivo da entidade, Matt Carroll fez uma carta ao site que publicou a petição, pedindo sua retirada imediata, afirmando que possui diversas inverdades "designadas para gerar ódio contra a atleta".
"Nós demandamos que a petição seja removida do site imediatamente. Nenhum atleta que representou seu país nos Jogos Olímpicos deveria ser tratado dessa forma", disse Carroll.
Nesta quinta-feira (15), o Comitê Olímpico da Austrália afirmou que o evento qualificatório da Oceania seguiu os padrões olímpicos, determinados pela Federação Mundial de DanceSport (WDSF) e aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
"Eu fui lá e me diverti. [...] E eu dei tudo de mim, de verdade", desabafou Gunn nas redes sociais.