Viúva de Charlie Kirk diz perdoar assassino do marido: 'É isso que Charlie faria'
Discursando no funeral do marido, Erika Kirk ressaltou que "resposta ao ódio não é ódio"; presidente Donald Trump também falou

Camila Stucaluc
Erika Kirk, viúva do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, disse que perdoa Tyler Robinson, apontando como assassino de seu marido. A declaração foi dada no domingo (21), durante o funeral de Kirk no estádio State Farm, no Arizona.
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"Meu marido queria salvar jovens, assim como aquele que tirou sua vida. Aquele homem, aquele jovem - eu o perdoo. Eu o perdoo porque foi o que Cristo fez, e é o que Charlie faria. A resposta ao ódio não é o ódio. A resposta que sabemos do evangelho é amor e sempre amor – amor por nossos inimigos e amor por aqueles que nos perseguem”, disse Erika.
Kirk foi alvo de um atentado na tarde do dia 10 de setembro, enquanto fazia um discurso na Universidade Utah Valley — primeira parada de uma turnê que passaria por 15 instituições. Baleado no pescoço, o ativista chegou a ser socorrido e levado ao hospital, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu.
O motivo do ataque ainda é desconhecido. Duas pessoas foram presas logo após o ocorrido, mas liberadas por não ter vínculo com o caso. Um dia depois, a polícia prendeu Tyler Robinson, de 22 anos, apontado como o atirador. Ele foi entregue às autoridades por um familiar, que o reconheceu nas imagens divulgadas pelo Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês).
Conforme relatado pelo parente, Robinson vinha se tornando mais radicalizado politicamente depois que começou a se identificar com pautas progressistas, em especial os direitos da população LGBT. Em um jantar com parentes, o jovem teria mencionado a ida de Charlie Kirk a Utah e dito que o ativista "estava cheio de ódio e espalhando ódio".
Robinson foi indiciado por homicídio doloso qualificado, que pode acarretar em prisão perpétua ou pena de morte. Ele também responderá por porte ilegal de arma de fogo, obstrução e adulteração de testemunhas e por ter cometido violência na presença de uma crianças.
Medalha Presidencial da Liberdade
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também compareceu ao funeral de Kirk. Durante discurso, o republicano descreveu o ativista como um “mártir” para liberdade e prometeu homenageá-lo de forma póstuma com a Medalha Presidencial da Liberdade — maior honraria concedida a civis pelo governo.
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“Nosso maior evangelista da liberdade americana se tornou imortal. Agora ele é um mártir pela liberdade dos EUA”, disse o republicano. "Sei que falo por todos aqui quando digo que nenhum de nós jamais esquecerá Charlie Kirk. E a história também não o esquecerá”, acrescentou.