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Tumulto em funeral de Raila Odinga deixa 17 feridos em Nairóbi

Milhares de quenianos lotaram o estádio da capital para se despedir do líder oposicionista; cerimônia foi marcada por confusão

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Funeral do líder da oposição queniana Raila Odinga em Nairóbi | Foto: reprodução/Reuters
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Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira (17) durante um tumulto no funeral de Estado do líder da oposição Raila Odinga, em Nairóbi, capital do Quênia. A informação foi confirmada por uma fonte do Hospital Nacional Kenyatta à agência Reuters.

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Milhares de quenianos participaram da cerimônia em homenagem a Odinga, uma das figuras mais influentes da política do país nas últimas décadas. O velório atraiu grandes multidões, e três pessoas foram mortas a tiros por forças de segurança na quinta-feira (16), quando manifestantes invadiram o portão do estádio onde o corpo estava sendo exibido publicamente.

Odinga, de 80 anos, morreu na quarta-feira (15), na Índia, onde recebia tratamento médico. O político, preso durante o regime autoritário, concorreu cinco vezes à Presidência e chegou a ser primeiro-ministro em 2008. Ele era considerado um símbolo da oposição queniana.

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Segundo a emissora NTV, parte da multidão avançou em direção ao caixão no início da cerimônia, provocando empurrões e sufocamento. A Cruz Vermelha do Quênia confirmou o tumulto e informou que suas equipes prestaram socorro e removeram os feridos.

As autoridades mantiveram forte presença policial no local, segundo imagens de emissoras locais e do gabinete do presidente William Ruto. Durante o ato, milhares de pessoas acenaram lenços brancos, cantaram e dançaram em homenagem a Odinga, apelidado carinhosamente de “Baba” (“pai”, em suaíli).

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O corpo de Raila Odinga será sepultado no domingo (19), em sua propriedade no oeste do Quênia, região onde ele mantinha forte base política entre os membros da etnia Luo, muitos dos quais acreditam que ele foi impedido de vencer eleições por fraudes.

Mesmo reconhecido como um opositor histórico, Odinga construiu alianças políticas variáveis ao longo da carreira, incluindo pactos com os ex-presidentes Uhuru Kenyatta (2018) e William Ruto (2024).

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