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Trump cumpre ameaça e anuncia tarifa de 100% contra a China

Governo americano também impôs controles de exportação sobre 'todo e qualquer software crítico', em represália aos limites de exportação recentemente anunciados

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Foto: Nathan Howard/Reuters - 09.10.2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que elevou as tarifas sobre as exportações chinesas para os EUA para 100% e impôs controles de exportação sobre "todo e qualquer software crítico".

Mais cedo, ele já havia adiantado que os EUA estavam calculando um "forte aumento" nas tarifas sobre as importações chinesas. A medida foi tomada em represália aos limites de exportação recentemente anunciados pela China sobre minerais de terras raras essenciais para a tecnologia e outras manufaturas.

"Com base no fato de a China ter assumido essa posição sem precedentes, e falando apenas pelos EUA, e não por outras nações que foram ameaçadas de forma semelhante, a partir de 1º de novembro de 2025 (ou antes, dependendo de quaisquer outras ações ou mudanças tomadas pela China), os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% sobre a China, além de qualquer tarifa que eles estejam pagando atualmente", disse Trump em sua plataforma Truth Social. "Também em 1º de novembro, imporemos controles de exportação sobre todo e qualquer software crítico."

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O anúncio foi feito depois de uma postagem de mais cedo nesta sexta-feira, que sinalizava que novas taxas contra produtos chineses estavam a caminho, ao mesmo tempo em que ameaçava cancelar uma reunião com o presidente Xi Jinping. A investida contra Pequim levou os mercados e as relações entre as maiores economias do mundo a uma espiral.

Trump, que tem um encontro previsto com Xi em cerca de três semanas na Coreia do Sul, reclamou nas redes sociais sobre o que ele caracterizou como os planos da China de manter a economia global refém depois que a China expandiu drasticamente seus controles de exportação de elementos de terras raras na quinta-feira. A China domina o mercado de tais elementos, que são essenciais para a fabricação de tecnologia.

Trump afirmou que não havia motivo para realizar a reunião com Xi que ele havia anunciado anteriormente. Pequim nunca havia confirmado a reunião entre os líderes. As declarações sinalizaram a maior ruptura nas relações em quatro meses e imediatamente levantaram questões sobre se uma distensão econômica entre Pequim e Washington — a maior fábrica do mundo e seu maior consumidor — pode sobreviver.

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