Três navios com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza saem de Chipre
Comboio leva suprimentos suficientes para preparar mais de 1 milhão de refeições
Um comboio de três navios partiu de um porto em Chipre neste sábado (30) com 400 toneladas de alimentos e outros suprimentos para Gaza.
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A organização beneficente World Central Kitchen afirmou que os navios e uma barcaça transportavam o suficiente para preparar mais de 1 milhão de refeições, com itens como arroz, massa, farinha, legumes enlatados e proteínas. Também a bordo estavam tâmaras, tradicionalmente consumidas para quebrar o jejum diário durante o mês sagrado do Ramadã.
A previsão de chegada dos alimentos em Gaza não foi informada. O primeiro navio entregou 200 toneladas de alimentos, água e outros auxílios no início deste mês.
As Nações Unidas e parceiros alertaram para o alto risco da fome no território palestino. Autoridades humanitárias afirmam que as entregas por mar e ar não são suficientes e que Israel deve permitir muito mais ajuda por via terrestre. O principal tribunal da ONU ordenou que Israel abrisse mais passagens terrestres e adotasse outras medidas para enfrentar a crise.
+ Netanyahu diz que Israel voltará à mesa de negociações por cessar-fogo com o Hamas
Enquanto isso, a TV estatal do Egito, Al Qahera, afirmou que as negociações de trégua entre Israel e o Hamas serão retomadas no domingo, citando uma fonte de segurança egípcia não identificada. O canal tem laços estreitos com os serviços de inteligência do país.
Apenas um cessar-fogo foi realizado na guerra, que começou depois que militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas, principalmente civis, e mantendo cerca de 250 outras como reféns.
Neste sábado, alguns israelenses, incluindo parentes dos cerca de 100 reféns restantes, novamente se manifestaram para mostrar frustração com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pedir sua renúncia.
A guerra de Israel na Faixa de Gaza matou mais de 32 mil pessoas e feriu 74 mil, de acordo com o Ministério da Saúde do território. A pasta não faz distinção entre civis e combatentes em seu balanço, mas afirma que mulheres e crianças representam dois terços dos mortos.
Quase seis meses de guerra destruíram infraestruturas críticas em Gaza, incluindo hospitais, escolas e residências, além de estradas, sistemas de esgoto e a rede elétrica. Mais de 80% da população de Gaza, de 2,3 milhões de pessoas, foram deslocadas, conforme relatam a ONU e agências de ajuda internacional.
*com informações da Associated Press