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Talibã proíbe janelas para áreas usadas por mulheres no Afeganistão

Regime justificou que medida visa "evitar atos obscenos"; país já foi considerado pela ONU como o mais repressivo do mundo para mulheres

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Mulheres enfrentam cada vez mais proibições no Afeganistão | ONU
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O Talibã introduziu uma nova restrição às mulheres no Afeganistão. Em 30 de dezembro de 2024, o regime assinou um decreto que proíbe a construção de janelas em prédios residenciais que tenham vista para áreas usadas por mulheres, como pátios e cozinhas. As janelas já existentes, por sua vez, devem ser bloqueadas ou vedadas.

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Pelas redes sociais, o porta-voz do governo Talibã, Zabihullah Mujahid, explicou que a medida visa proteger a imagem das mulheres. “Ver mulheres trabalhando em cozinhas, em pátios ou coletando água de poços pode levar a atos obscenos", disse ele.

Desde que assumiu o controle no Afeganistão, em 2021, o regime Talibã vem excluindo as mulheres da sociedade, proibindo-as de estudar, trabalhar, viajar, falar em público e frequentar locais como parques e academias. O uso obrigatório da burca – vestimenta que cobre o corpo e o rosto – em espaços públicos também foi reforçado.

Uma das últimas restrições anunciadas pelo Talibã foi em dezembro, quando as mulheres foram proibidas de estudar medicina. A medida foi criticada por organizações internacionais, que alegaram que a decisão terá consequências graves. Isso porque, no país, médicos só podem atender mulheres caso um parente do sexo masculino esteja presente.

O atual cenário fez a Organização das Nações Unidas (ONU) classificar o Afeganistão como o país mais repressivo do mundo para mulheres. A organização afirmou que, apesar de ter prometido uma postura moderada em relação ao último governo – 1996 a 2001 –, o Talibã vem excluindo cada vez mais as mulheres da sociedade com as proibições.

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