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Sly Stone, referência na música contracultural, morre aos 82 anos

O músico foi pioneiro na mistura do rock e do funk a frente do grupo Sly & the Family Stone

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O multi-instrumentista, cantor e compositor norte-americano Sly Stone faleceu nesta segunda-feira (09).Segundo a família, o artista foi vítima de uma DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Ele estava lutando contra a enfermidade nos últimos anos.

“Sly morreu tranquilamente, cercado de seus três filhos, seu amigo mais próximo e sua família. Enquanto lamentamos sua ausência, nos consolamos ao saber que seu extraordinário legado musical continuará a reverberar e inspirar as próximas gerações…”, informou a família em comunicado.

Quem foi Sly Stone?

Nascido em Denton, no Texas, como Sylvester Stewart, Sly foi responsável por desenvolver um estilo único que influenciou uma série de artistas no meio da música contracultural nos anos 1960 e 1970.

Caracterizado pelo seu visual icônico e sua explosividade em cima dos palcos, ao lado da lendária banda Family Stone, o músico foi considerado um alicerce da chamada “black music”. Por rasão de suas letras sempre muito politizadas e da sonoridade inovadora para a época, Sly & the Family Stone fizeram parte da “trilha sonora” da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, notavelmente presente na virada da década de 60 para a década de 70.

A sonoridade da banda sempre foi muito marcada por uma mistura de gêneros e estilos, com soul, funk, pop, rock e a psicodelia formada por efeitos lisérgicos e transcendentais, muito presente em bandas de vanguarda da época.

Ainda em 1969, Sly integrou a seleção de artistas que fizeram parte do lendário festival de Woodstock, sendo Sly e sua banda considerados uma das principais atrações daqueles três dias, que mudaram a história da música.

Durante o começo da década de 1970, Sly passou a sofrer com problemas pessoais que afastaram o artista dos holofotes nos anos seguintes. Sob pressão da gravadora Epic, para lançar mais discos e emplacar mais sucessos, as divergências criativas e politicas começaram a aparecer com frequência.

Além da gravadora, o partido militante dos Panteras Negras exigiu de Sly Stone, assim como da maioria dos artistas negros da época, uma politização mais radical em prol dos direitos civis e contra as grandes corporações, colocando o músico e a banda em uma encruzilhada de interesses.

Na década seguinte, Sly Stone tentou colaborar criativamente com George Clinton e os músicos dos grupos Parliament e Funkadelic, entretanto as participações não colocaram Sly de novo em evidência, e o nome do artista voltou a ser falado mais por conta das polêmicas que ele se envolveu.

Em junho de 1983, Stone foi preso e acusado de porte de cocaína em Fort Myers, na Flórida. Após cumprir 3 anos de liberdade condicional, foi preso novamente por violar a medida. Os anos posteriores foram marcados por uma intensa luta contra a dependência química e o envolvimento do artista em outras polêmicas.

Mesmo com uma carreira meteórica, Sly Stone revolucionou a música americana e garantiu seu nome na história. Sua última grande aparição pública até 2006 foi durante a cerimônia de posse no Rock and Roll Hall of Fame de 1993, onde o músico subiu ao palco para ser incluído no Hall da Fama ao lado dos integrantes da sua clássica banda Family Stone.

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