Risco de terrorismo faz França pensar em "plano B" para abertura das Olimpíadas
Atentado em Moscou, reivindicado pelo Estado Islâmico, fez com que franceses subissem para o nível máximo a chance de um ataque
João Venturi
A Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos, nas águas do Rio Sena, segue sendo a grande dor de cabeça das autoridades da França. Já há um pedido para que se crie um "plano B".
O atentado em Moscou, reivindicado pelo Estado Islâmico, fez com que a França subisse para o nível máximo o risco de um ataque terrorista.
Segundo a imprensa local, a agência de inteligência francesa teria pedido, na quinta-feira (28), uma revisão na festa de abertura. As delegações passando em embarcações seriam um alvo fácil para qualquer ataque coordenado.
O estado de alerta também serve para todos os países participantes. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley Teixeira, admitiu que o Brasil deve trazer segurança própria.
"Houve uma orientação do COI nesse sentido, que cada país se programasse com atenção na segurança", afirmou o presidente do COB.
Os dirigentes brasileiros estão em Paris para ver de perto como andam as obras para a instalação da Casa Brasil, o lugar que vai servir de QG para a delegação na Olimpíada, e que tem como ponto forte a proximidade da Vila Olímpica. A distância é de apenas 600 metros.
O COB recebe as chaves do parque no dia 3 de julho, e a partir daí toda a estrutura começa a ser decorada com as cores do Brasil.
Por enquanto, o país já tem 156 classificados para os jogos de Paris, com domínio absoluto entre as mulheres. São 103 vagas no feminino e 53 no masculino.
"A meta é superação. Se tivermos 21 medalhas no total, ou 7 de ouro, é superação", afirma Paulo Wanderley.