Putin: espero que não haja necessidade de usar armas nucleares na Ucrânia
O presidente russo ressaltou, no entanto, que o país tem a força e os meios para levar o conflito na Ucrânia a uma "conclusão lógica"

SBT News
Em uma prévia de uma entrevista à televisão estatal russa, divulgada pelo Telegram neste domingo (4), o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a necessidade de usar armas nucleares na Ucrânia ainda não surgiu e que ele espera que isso não aconteça, mas que tem meios para usá-las e que isso seria uma “conclusão lógica” .
“Temos força e meios suficientes para levar o que foi iniciado em 2022 a uma conclusão lógica com o resultado que a Rússia exige”, disse ele.
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Ameaça Nuclear
Em novembro do ano passado, Putin assinou uma versão reformulada da Doutrina Nuclear da Rússia, explicando as circunstâncias que lhe permitiriam usar o arsenal atômico de Moscou.
O documento diminuiu o nível de exigências ao líder russo, dando a ele a opção de responder até mesmo a um ataque convencional com armas de potência nuclear.
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O que é a Doutrina Nuclear Russa?
O documento chamado “Princípios Básicos da Política Estatal sobre Dissuasão Nuclear”, mais conhecido como Doutrina Nuclear da Rússia, foi criado em 2020 e define quando a Rússia poderá recorrer ao seu arsenal atômico. Sua versão reformulada reduziu os limites ao uso de armas nucleares.
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Cessar-fogo por 72 horas
O presidente Putin anunciou, na última segunda-feira (28), um cessar-fogo unilateral de 72 horas na Ucrânia para marcar o Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. O Kremlin afirmou que a trégua, foi ordenada por "motivos humanitários", e vigorará do início de 8 de maio até o final de 10 de maio para marcar a derrota da Alemanha nazista por Moscou em 1945, o maior feriado secular da Rússia .
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, renovou os apelos por uma pausa mais substancial de 30 dias nas hostilidades, como os EUA haviam proposto inicialmente. Ele afirmou que essa pausa poderia ser um passo significativo para o fim da guerra.
A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura três anos.