Primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, diz que deixará cargo e não concorrerá nas eleições
Kishida foi eleito, em 2021. Decisão deixa em aberto o futuro do governo japonês
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em uma decisão surpreendente, nesta quarta-feira (14), anunciou que não concorrerá na próxima eleição para a liderança do partido. Ele abre caminho para uma nova gestão a partir de setembro, quando ocorrerão novas eleições da sigla.
Kishida foi eleito presidente pelo Partido Liberal Democrata (LDP), em 2021. Ele enfrenta um escândalo de corrupção que envolve cerca de 80 pessoas, sendo legisladores e assessores do LDP. Com isso, a popularidade do governo ficou abaixo de 20%.
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Nas palavras do ministro, a decisão procura recuperar a confiança pública na política.
"Precisamos mostrar claramente um LDP renascido. Para mostrar um LDP em mudança, o primeiro passo mais óbvio é eu me retirar.", disse Kishida, em uma coletiva de imprensa.
O vencedor do novo pleito substituirá Kishida como presidente do partido e será endossado como o novo primeiro-ministro em uma votação parlamentar.
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Nas eleições locais, no início do ano, o LDP perdeu expressividade e se deparou com a necessidade de um novo rosto antes da eleição geral. Nomes como o do secretário-geral do partido, Toshimitsu Motegi, o ministro digital, Taro Kono, a ministra da Segurança Econômica, Sanae Takaichi e a ministra das Relações Exteriores, Yoko Kamikawa, estão entre os cotados para o executivo.